tag:blogger.com,1999:blog-38298338077816252012023-11-16T08:24:11.450-03:00Faixa LivreRaul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.comBlogger112125tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-50403877497623926702015-08-09T22:05:00.000-03:002015-11-12T18:52:25.044-02:00Comentários sobre Interstellar (2014) de Cristopher Nolan<div style="text-align: justify;">
Essa foi a minha primeira experiência com um filme do Cristopher Nolan após um bombardeio de críticas que eu ouvi sobre o método extremamente explicativo do diretor. Nunca parei para analisar a existência de personagens chaves que em determinado momento dos longas surgiriam com diálogos entre outros personagens explicando determinado contexto, acontecimento ou narrativa que Nolan não conseguiu transmitir através da imagem.<br />
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Essa é uma crítica válida. Li, recentemente, em um livro sobre cinema e educação que se é pra contar uma história através da fala (diálogos e narração) não é necessário o cinema. Uma conversa daria conta disso. Escrever um livro daria conta disso. O cinema é uma arte que tem sua própria linguagem. Saber usar esse instrumento sem apelar a escolhas óbvias e fáceis é uma das grandes qualidades de um diretor.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHmqz-SZ4psLZMnbJBXAQMdXxy__TkEVUsgCIG9RX4L6N2lwti25MyUeWvk9RiZs35YknG9GYqgLF5tSe32cq35yfGz8QqeQvir0e2qJZ3dURrpzoYd8uOVZ81CnsG0gVzhZfYcBBDuXA/s1600/54cb52bf38a11_-_interstellar-02.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHmqz-SZ4psLZMnbJBXAQMdXxy__TkEVUsgCIG9RX4L6N2lwti25MyUeWvk9RiZs35YknG9GYqgLF5tSe32cq35yfGz8QqeQvir0e2qJZ3dURrpzoYd8uOVZ81CnsG0gVzhZfYcBBDuXA/s640/54cb52bf38a11_-_interstellar-02.jpeg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Matthew McConaughey é um ótimo ator. Incrivel como, até o ano passado, eu nunca tinha ouvido falar dele e do nada surge "True Detective", "O Lobo de Wall Street" e "Clube de Compras Dallas"</td></tr>
</tbody></table>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4t_8-Gfqd-EQD8AcwSmNJViBz8pB2sdovPSuvTtGc1Kq3f6JdORIhcBEolkrO1B1ggY8Op3W07h6HyrxnPNNNuTWomQ8NuRxMC5469Uq-JjYQxlfQXu-s9gVfcAEzv8tnE35p0razSO8/s1600/interstellar1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4t_8-Gfqd-EQD8AcwSmNJViBz8pB2sdovPSuvTtGc1Kq3f6JdORIhcBEolkrO1B1ggY8Op3W07h6HyrxnPNNNuTWomQ8NuRxMC5469Uq-JjYQxlfQXu-s9gVfcAEzv8tnE35p0razSO8/s640/interstellar1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os efeitos visuais são muito bons, me lembrou bastante "Gravidade" e "2001: Uma Odisséia no Espaço". Outra semelhança entre Interstellar com esses filmes são as questões filosóficas sobre a pequenez humana, tão comum em filmes de viagens no espaço</td></tr>
</tbody></table>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6NZF43qKLgS9ldbAdKa5JiudgG-ZBBQFZwFzjWuRrwCG5aGM3eXnFdUHPVDZcZVxAjoQhaJuDxra77rYwmrjlyYIsR3HArmYFAGaGWWjnclT27BOlBJGRzjLi52U3AyYt2deNawnZ0ok/s1600/Interstellar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6NZF43qKLgS9ldbAdKa5JiudgG-ZBBQFZwFzjWuRrwCG5aGM3eXnFdUHPVDZcZVxAjoQhaJuDxra77rYwmrjlyYIsR3HArmYFAGaGWWjnclT27BOlBJGRzjLi52U3AyYt2deNawnZ0ok/s640/Interstellar.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Muitas expectativas para os seus próximos papéis, cara!</td></tr>
</tbody></table>
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Porém em Interstellar, último filme lançado de Nolan e o primeiro após o fim da trilogia Batman, esses elementos não me incomodaram. Acredito que até me ajudaram, de uma forma bem pobre, a me inserir dentro de um assunto que tenho pouco conhecimento. A explicação de um dos astronautas mais as passagens da tripulação pelo “buraco de minhoca” me ajudaram a entender o que é aquele fenômeno.<br />
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Mas o que realmente me incomodou em Interstellar é o final ambíguo que o diretor repetiu em mais um filme. Não sei se o Nolan acredita que isso pode transformar em uma marca registrada das suas obras ou que isso torne a sua filmografia em cinema de autor. Deve ser isso. Porém, esse recurso não traz nada que caracterize uma marca de artista, pode até render a ideia de que, não sabendo resolver seus roteiros, apela para o subjetivo deixando para o telespectador a responsabilidade de terminar a história.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/BYUZhddDbdc" width="640"></iframe></center>
<br />Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-18677725870227921292015-07-28T18:59:00.000-03:002015-11-12T19:07:47.987-02:00O dia da saudade do maluco beleza<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsBm4_4gr3xjBvEAXChPxeEcEHOEp9LxBEPymJDA_-DQI7M_Kjlw1u9u8_QMjrjciRTZJkaZySpJw1Y5Nl6vuTl2m45PHLl9QLzh5Hj9sRl5jrUp9gQQ63bnM3K8XwFxiEHTAXLxg9Pt0/s1600/raul-seixas-em-cena-do-documentario-raul-o-inicio-o-fim-e-o-meio-de-walter-carvalho-1332370863722_1920x1080-1024x576.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsBm4_4gr3xjBvEAXChPxeEcEHOEp9LxBEPymJDA_-DQI7M_Kjlw1u9u8_QMjrjciRTZJkaZySpJw1Y5Nl6vuTl2m45PHLl9QLzh5Hj9sRl5jrUp9gQQ63bnM3K8XwFxiEHTAXLxg9Pt0/s640/raul-seixas-em-cena-do-documentario-raul-o-inicio-o-fim-e-o-meio-de-walter-carvalho-1332370863722_1920x1080-1024x576.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Tenho uma relação íntima com Raulzito. Além de compartilhamos o mesmo nome, que por acaso tem influência direta do roqueiro baiano, convivi, durante toda a minha infância, com quadros do seu rosto pela casa e com a sua discografia no som do salão de meu pai. Durante um bom tempo o deixei de lado e recentemente voltei a ouví-lo. Tornei suas letras uma espécie de terapia. Todas as vezes que me sentia triste, com raiva ou ansioso, existia alguma música que me compreendia, que me abraçava e que me bagunçava. Raul Seixas faria 70 anos neste domingo.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Entender o baiano é impossível. Qual era a dele? Rock ou Baião? Esquerda ou direita? Satanista, ocultista ou cristão? Minha vó dizia que o adorava. Segundo ela, Gita é sobre Deus. Porém, eu não sei. Raul era extremamente subjetivo. Acho que todo mundo se identifica com suas letras, por mais que os pensamentos sejam distintos. Talvez o maior compositor brasileiro, talvez um grande merda também.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mosca na Sopa</em>, a primeira música do “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Krig-Ha Bandolo”</em>, disco de estreia, apresenta o que Raul Seixas seria como artista. Ele não veio simplesmente pra te abraçar, ele veio pra incomodar, te balançar, fazer refletir e novamente te abraçar. A música seguinte, “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Metamorfose Ambulante”</em>, parece introduzir o ouvinte dentro da sua cabeça. Para muitos, este disco é o melhor da sua carreira. A revista Rolling Stones o considera um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos. Indiscutivelmente (ou não), os seus primeiros CDs são os melhores, porém, particularmente, meu disco favorito é “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Há dez mil anos atrás”. </em>Isso não significa desmerecer “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Cachorro-Urubu”</em>, “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Hora do Trem Passar”,</em> “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">As Minas do Rei Salomão” </em>e “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ouro de Tolo”</em>, pelo contrário.</div>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxaIqzB6f_2uUoi6eQ5WiUpdgRi0axpb9mbCMRyS0rIFN2GYmYZ576aNuG7XvTdI0d7fCzqAuxEPHY0yIh_lddvcjB98Cmx93u-TmT1dnlIk_HX0eaQuuRxHU4ijIef_wmZxqu8R24Hk/s1600/img-1025589-raul-seixas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxaIqzB6f_2uUoi6eQ5WiUpdgRi0axpb9mbCMRyS0rIFN2GYmYZ576aNuG7XvTdI0d7fCzqAuxEPHY0yIh_lddvcjB98Cmx93u-TmT1dnlIk_HX0eaQuuRxHU4ijIef_wmZxqu8R24Hk/s320/img-1025589-raul-seixas.jpg" width="320" /></a><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Devagar</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Veja quanto livro na estante</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Dom Quixote, o cavaleiro andante</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Luta a vida inteira contra o rei</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Joga as cartas, leia minha sorte</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Tanto faz a vida como a morte</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O pior de tudo eu já passei</em></h5>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Do passado eu me esqueci</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">No presente eu me perdi</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Se chamarem, diga que eu saí</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Do passado eu me esqueci</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">No presente eu me perdi</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Se chamarem, diga que eu saí</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Se chamarem, diga que eu saí</em></h5>
<div>
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></em><br />
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-style: normal; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">E quantas vezes pedi pro moço do disco voador me levar? Aquela sensação de não pertencimento a um lugar, nas palavras de Raul, enquanto tinha tanta estrela por aí? Talvez<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Gita </em>seja o disco mais ideológico do artista. “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Medo da Chuva”</span></em><span style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> desconstrói e discute a ideia de amor romântico, do casamento normativo e do tradicional estilo de vida da maioria dos cristãos. Enfrentar as verdades da voz de Raul dói, mas nos tira do lugar comum, eleva o espírito, por mais que tudo, talvez, seja muito ateu. Marcar “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sociedade Alternativa”</em> no meio de Gita o torna político e grandioso. Era a construção de uma tese a ser defendida.</span></em></div>
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-style: normal; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Novo Aeon”</em> nos trás o lado religioso, mas começa invocando o demônio em “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Rock do Diabo” </em>e tirando uma onda de Deus em “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Para Nóia”. Ele n</em>os trás também o lado anticapitalista do baiano, que aparece em “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ouro de Tolo”</em> e retorna em “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">É Fim de Mês”. </em>Mas também nega-se a qualquer ideologia, apesar de ser extremamente ideológico, numa contradição entre “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Maçã”</em> e “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Eu Sou Egoísta”. </em>Enquanto o disco “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O Dia em que a Terra Parou”, </em>reafirma que tudo não passa de uma viagem da cabeça do <em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Maluco Beleza </em>e que também o confirma como profeta do apocalipse.</div>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: right; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-mc0EnDp4OlyFL4AFlue73-HtLYgPPhMwmtPPIn_HttAAXx02B-4q-AAeLnrWj_kwToQmmYydOuX_OFu6sfWBrf3-veq20STADgjMMJfP95y1YHla0BSXqPTIcxAD9H6hgGXeXbjnkpM/s1600/Raul-Seixas-156746.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-mc0EnDp4OlyFL4AFlue73-HtLYgPPhMwmtPPIn_HttAAXx02B-4q-AAeLnrWj_kwToQmmYydOuX_OFu6sfWBrf3-veq20STADgjMMJfP95y1YHla0BSXqPTIcxAD9H6hgGXeXbjnkpM/s320/Raul-Seixas-156746.jpg" width="320" /></a><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Eu calço é 37</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Meu pai me dá 36</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Dói, mas no dia seguinte</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Aperto meu pé outra vez</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Eu aperto meu pé outra vez</em></h5>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: right; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pai eu já tô crescidinho</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pague pra ver, que eu aposto</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Vou escolher meu sapato</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">E andar do jeito que eu gosto</em><br style="box-sizing: border-box;" /><em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">E andar do jeito que eu gosto</em></h5>
<div>
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></em><br />
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-style: normal; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Como já afirmei, o meu disco favorito é “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Há 10 mil anos atrás”. </em>Essa produção é a maior união estética, espiritual e ideológica da música brasileira. Lembrando que estamos falando da década de 70, um dos períodos mais conturbados da ditadura civil militar brasileira. O mais incrível é que a censura da época não segurou esse disco. As letras de Raul são tão elevadas que “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Meu Amigo Pedro”, “Eu também vou reclamar”</em> e<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> “Quando você crescer” </em>não foram barrados pela censura da ditadura que se preocupava mais com o viés moral do que político.</em></div>
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-style: normal; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Além desses discos não deveríamos esquecer de “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Por quem os sinos dobram”</em>, que reúne as músicas “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Ilha da Fantasia”</em>, “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O Segredo do Universo” </em>e “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Requiem para uma flor”. </em>Outras duas produções relevantes da sua carreira são “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Abre-te Sésamo” e</em> “<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mata-Virgem”</em>, onde sua faixa título é uma das mais belas canções de amor do artista<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-style: normal; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Se o Brasil já teve algum Rock Star na sua história, esse nome é Raul Seixas. Ele representa muito bem a mistura de elementos que compõe a cultura brasileira. Para qualquer amante que respeite a nossa música, desmerecer Raul é desmerecer toda essa construção histórica. Raul é o pastor, o militante, o místico e o libertário da música brasileira.</div>
<div>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVnIc5GQPnZ_CeVU2iQzriFV9IDgyg3r9og1RdCm4Mg54hATtvb35SDVXLRE9oci1EUDXfjyfSrsK8geTiwSZxjr8c2B-qPG6gNf7WORJrpu1hLLg6LgzLNrq6PEDiZmHfRJl1tRKu-lE/s1600/raul-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVnIc5GQPnZ_CeVU2iQzriFV9IDgyg3r9og1RdCm4Mg54hATtvb35SDVXLRE9oci1EUDXfjyfSrsK8geTiwSZxjr8c2B-qPG6gNf7WORJrpu1hLLg6LgzLNrq6PEDiZmHfRJl1tRKu-lE/s320/raul-2.jpg" width="320" /></a>Lembro Pedro aqueles velhos dias<br style="box-sizing: border-box;" />Quando os dois pensavam sobre o mundo<br style="box-sizing: border-box;" />Hoje eu te chamo de careta<br style="box-sizing: border-box;" />E você me chama vagabundo<br style="box-sizing: border-box;" />Pedro onde você vai eu também vou<br style="box-sizing: border-box;" />Mas, tudo acaba onde começou</h5>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
Todos os caminhos são iguais<br style="box-sizing: border-box;" />O que leva à glória ou a perdição<br style="box-sizing: border-box;" />Há tantos caminhos, tantas portas<br style="box-sizing: border-box;" />Mas, somente um tem coração</h5>
<h5 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: source-sans-pro, Verdana, sans-serif; font-size: 0.87em; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-weight: inherit; line-height: 1.5; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizeLegibility; vertical-align: baseline;">
E eu não tenho nada a te dizer<br style="box-sizing: border-box;" />Mas, não me critique como eu sou<br style="box-sizing: border-box;" />Cada um de nós é um universo, Pedro<br style="box-sizing: border-box;" />Onde você vai eu também vou</h5>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-style: normal; line-height: 20px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://bagaceiratalhada.com.br/wp-content/uploads/2015/06/raul-2.jpg" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #202123; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></a></div>
</em></div>
</em></div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-41573514075211740392015-07-08T18:51:00.000-03:002015-11-12T19:00:28.244-02:00Falta de respeito ou falta de interpretação?<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpn8SwE6yulFVOT0IroB1JjPHX3AEV5H6UhEZZcYn5aAlELaVePe37B5zE4URSqRnMkV4En0e9oANYJ-4rs-P5MgCc9LAdplVRQl_OUM3iG29gQfC_LiXb1394QdL1OsuYW9jTtPna2CQ/s1600/2015-06-07t192043z_15110779.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpn8SwE6yulFVOT0IroB1JjPHX3AEV5H6UhEZZcYn5aAlELaVePe37B5zE4URSqRnMkV4En0e9oANYJ-4rs-P5MgCc9LAdplVRQl_OUM3iG29gQfC_LiXb1394QdL1OsuYW9jTtPna2CQ/s640/2015-06-07t192043z_15110779.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #f3f3f3; color: #757575; font-family: Cabin, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13.7143px; font-style: italic; line-height: 27.4286px; text-align: start;">Reuters/Joao Castellano</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Na parada LGBT, acontecida no último domingo, uma atriz transexual interpretou Jesus Cristo pregado em uma cruz em um dos trios elétricos que ajudavam na condução de milhões de pessoas pela avenida paulista em São Paulo. Logo em seguida, várias páginas e figuras cristãs católicas e evangélicas começaram a condenar a encenação como algo que feria o respeito à religião. O que essas pessoas não perceberam é a profunda contradição em que se meteram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ato de crucificar é diretamente ligado ao sentido de condenar. Nós, brasileiros, condenamos a população LGBT, em vários sentidos, por não seguir a risca um modelo de uma sociedade tradicional. Jesus, da mesma forma, foi condenado por esses motivos e foi morto. Ele andava com todos os tipos de pessoas porque era um ser extremamente ideológico. Tinha o perdão, o respeito e igualdade como princípios de vida. Mesmo assim, o povo e o estado da época o condenaram à morte porque era um subversivo e ia de encontro a determinadas normas daquele tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Nós fazemos parte de uma sociedade que condena e extermina essa população. Nossos semelhantes. A moça na imagem é um ato simbólico. Uma metáfora. Ela é carregada de simbologia e tenta chocar para causar reflexão: é esse tipo de sociedade que a gente quer? Uma sociedade preconceituosa e assassina? Jesus, com absoluta certeza, não estaria de acordo com isso. Ele é amor, aceitação e perdão.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca vi algo tão Cristão dialogando com a população LGBT como essa manifestação. Ela passa exatamente o que se espera de um cristão, respeito e amor ao próximo. A interpretação rápida e pouca profunda da imagem é sintomática. A parada que aconteceu ontem reuniu milhões de pessoas, que em sua grande maioria, com certeza, são cristãs católicas. Porque o uso de um símbolo cristão pode ficar restrito somente a determinados grupos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, seguidor também de Jesus Cristo, chamo isso de coerência, de simbologia cristã. Não achei nada de desrespeitoso, blasfêmia ou zuação, pelo contrário, achei cristão, reflexivo. Qual é o problema de uma atriz transexual interpretar Jesus, como personagem e símbolo dessa ideologia? Da mesma forma não interpretam Jesus em encenações ligadas diretamente ao catolicismo? Se a mensagem é a mesma, precisamos respeitar uma população que sofre e morre todos os dias por falta de amor ao próximo e respeito pelas diferenças, coisa que Jesus foi radicalmente a favor, ela tem total relação com a mensagem de Jesus que é também a mensagem do cristianismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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De cristão a condenador não existe nada menos do que uma linha frágil.</div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-62457077299476531972015-05-29T20:01:00.002-03:002015-08-09T21:19:00.187-03:00Crítica: Ilegal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_cc6APLLxWuR-LLbH3jvg8PHDlTWmqzXDGu3km9Of0ow5g1jFXuzi7YoSgjs46FJlpHoEGdsR8LuO88Zrf4ICLWmy_ElR7_dvL2yDyCPP1CRSBkEI2aUfBMY5Dr7GhoTAt3i_eLOvTL8/s1600/ilegal_reproducao-600x313.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="329" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_cc6APLLxWuR-LLbH3jvg8PHDlTWmqzXDGu3km9Of0ow5g1jFXuzi7YoSgjs46FJlpHoEGdsR8LuO88Zrf4ICLWmy_ElR7_dvL2yDyCPP1CRSBkEI2aUfBMY5Dr7GhoTAt3i_eLOvTL8/s640/ilegal_reproducao-600x313.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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O debate sobre regulamentação da maconha tem avançado em todo o mundo. A ideia de que a proibição é um modelo que não funciona é recorrente nos debates a respeito do assunto. Talvez uma das grandes responsáveis na mudança do pensamento de uma parte da sociedade tenha sido a internet, além da militância antiproibicionista, é claro. Foi através do espaço virtual que as pessoas tiveram acesso a um conteúdo mais honesto sobre o tema, já que, de modo geral, a mídia tradicional é conservadora, principalmente no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ilegal, filme de 2014 de Raphael Erichsen e Tarso Araújo, surge dentro desse panorama. O longa, diferentemente de outras produções brasileiras sobre o assunto, como Cortina de Fumaça (2011) e Quebrando o Tabu (2011), dedica todos os seus 82 min. ao debate sobre regulamentação dentro da perspectiva do uso medicinal da maconha. A produção faz isso através da história de mulheres mães de crianças com algum tipo de doença em que o CBD, composto da cannabis que não "dá barato", atua de maneira fundamental na saúde dos pequenos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de ser bem claro à perspectiva do debate sobre a ótica do uso medicinal, o documentário perde muitas oportunidades de aprofundar e de transversalizar com a perspectiva do uso religioso, cultural, recreativo da planta e com o debate contrário a guerras às drogas – aos pobres – causados pela proibição.</div>
<div style="text-align: justify;">
A cena da conversa entre duas mães com o deputado Jean Wyllys é sintomática. Nela, uma das personagens fala sobre o sentimento egoísta (compreensível e justificável) de ver sua filha bem, já que o CBD por vezes zerava as convulsões que chegavam a mais de 40 por semana. Em seguida, o deputado realiza uma fala certeira sobre a importância do debate libertário e dos males que a proibição gerou à nossa sociedade, mostrando que o debate sobre o uso medicinal e libertário não são desconexos, pelo contrário, dialogam e precisam andar juntos.</div>
<div style="text-align: justify;">
O único momento no qual uma situação tranversaliza com outros setores do pensamento é durante as sequências da marcha da maconha. Nesse tipo de manifestação, todas as óticas sobre o assunto são bastante harmoniosas.</div>
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De um modo geral, o filme opta por uma zona de conforto estético, narrativo e discursivo desconfortante. A trilha sonora apela para o emocional do público na tentativa de aproximá-lo do sofrimento das personagens. Além disso, o documentário tem caráter muito televisivo e didático. Talvez, isso seja positivo no diálogo com o público mais conservador e leigo sobre o assunto, mas para os "macacos velhos" do antiproibicionismo, Ilegal pode ser apenas um lugar comum.</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra coisa que, particularmente, me incomoda bastante no filme é a escolha dos personagens. É super válida a presença daquelas mães, porém a perspectiva de uma família de classe média, branca e de certa forma privilegiada, diminui as possibilidades de problematização do tema. Fico imaginando como seria se os diretores recorressem às mães da periferia que têm filhos com doenças parecidas com as apresentadas, às senhoras de camadas sociais mais humildes que fazem o uso da maconha através do chá para alívio das dores, às pessoas com problemas de insônia e com câncer que recorrem ao tráfico para amenizar os seus incômodos.</div>
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A contribuição pedagógica de Ilegal é super válida, apesar de pouco arriscada. O documentário pode abrir cabeças e dialogar melhor com camadas da sociedade mais preconceituosas quanto a temática, doutrinada com a ideia demonizada da maconha, através da desonestidade intelectual das campanhas contra as drogas no Brasil e do ideal conservador das mídias tradicionais. Mais do que nunca, é necessário um debate honesto sobre as drogas, apontar soluções a caminho da redução de danos e abrir os olhos da sociedade brasileira que já se acostumou e acha normal a guerra promovida pelo estado. Ilegal contribui nesse sentido.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1kLZjNGu_Fs" width="560"></iframe></center>
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Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-75553062224552082152015-05-17T17:16:00.004-03:002015-05-17T17:17:22.169-03:00Libertário e opressor: as contradições do rap nacional<div style="text-align: right;">
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<i>“Esse é o rap, é o rap, é o rap, eu me expresso</i></div>
<div>
<i>Muito mais que moda é manifesto</i></div>
<div>
<i>Sente o dom, é cruel, dos irmão, Deus do céu</i></div>
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<i>Pra trava se pá o click blaau”</i></div>
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Rap é Forte – Criolo</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAq9XTi9-EQlfvmJXKMWkU1EoV4wdhdPtT3G14ofr5B64Q8a7SXAbj-9h5o-j8ad-VPo_E09Eh-7l7jQAr7SD4cqCsqg2iSB3LhBRcE5gorZ4UkvSagRcMHV5WzHAhx1HJlUgsj7vrjD0/s1600/conecrew.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAq9XTi9-EQlfvmJXKMWkU1EoV4wdhdPtT3G14ofr5B64Q8a7SXAbj-9h5o-j8ad-VPo_E09Eh-7l7jQAr7SD4cqCsqg2iSB3LhBRcE5gorZ4UkvSagRcMHV5WzHAhx1HJlUgsj7vrjD0/s640/conecrew.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cone Crew Diretoria</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Denunciado pela sogra, como uma retaliação as agressões que cometia a própria namorada, o música Cert do grupo de rap Cone Crew Diretoria, trouxe novamente para o debate público a política de drogas no Brasil. Encontrado com quatro pés de maconha em seu apartamento, o artista também está sendo acusado por tráfico de drogas. Tratando-se de um assunto tão delicado e que ainda é um tabu para a maioria dos brasileiros, nesse sentido, o rap cumpre o papel de vanguarda na exposição da temática para o público. Porém, ao mesmo tempo, pouco se repercutiu as acusações de agressões a sua companheira. Como uma indignação seletiva, a repercussão da história tem levado ao debate a temática antiproibicionista, super importante, mas não expõe nada sobre a violência contra a mulher. A Cone Crew Diretoria, influenciados diretamente pelo Planet Hemp, apresenta uma posição política libertária, porém, ao mesmo tempo, o grupo apresenta serias contradições ideológicas. Característica comum a muitos grupos de rap no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Rap nacional ganhou projeção ainda na década de 90. Grupos como o Racionais Mc’s e o Facção Central são alguns dos principais porta-vozes do estilo na década. Indiscutivelmente esses grupos trouxeram aos negros das periferias brasileiras o protagonismo da sua própria história. Negro Drama, por exemplo, pode ser considerado um hino para as favelas do Brasil. Apontando as desigualdades sociais e injustiças que sofriam a população carente brasileira, o rap surgiu naquele momento como ferramenta fundamental contra o racismo e o preconceito social.</div>
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<br /></div>
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<i>“Não foi sempre dito que preto não tem vez?</i></div>
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<i>Então, olha o castelo e não</i></div>
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<i>Foi você quem fez, cuzão?”</i></div>
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Negro Drama – Racionais Mc’s</div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj71s4bIFOvPJ9oaoNTpxLDm9vPgkgGXcorQdbt9hLlLHyftP-ktrEc4FxAfIhOiLej5H8FHJNQYESKmaNi7njMwhr0Pbk3QntBNF52sZG5nbTf9yA16xJA8bLjpShsOD60NVpX9zBcvpc/s1600/racionais-mcs-na-capa-da-revista-rolling-stone-brasil-de-novembro-de-2013-1384268785253_1920x1080.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj71s4bIFOvPJ9oaoNTpxLDm9vPgkgGXcorQdbt9hLlLHyftP-ktrEc4FxAfIhOiLej5H8FHJNQYESKmaNi7njMwhr0Pbk3QntBNF52sZG5nbTf9yA16xJA8bLjpShsOD60NVpX9zBcvpc/s640/racionais-mcs-na-capa-da-revista-rolling-stone-brasil-de-novembro-de-2013-1384268785253_1920x1080.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Racionais Mc's</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Na mesma década de 90 surge no Rio de Janeiro, o Planet Hemp. Alvo de dezenas de polêmicas na época, o grupo era repreendido pelos conservadores devido as letras das suas músicas que giravam em torno da legalização da maconha, um tema ainda mais tabu naqueles tempos. Nesse sentido, o rap se coloca a frente do seu tempo. Assumindo um papel progressista e de vanguarda trazendo, através das letras do Planet Hemp, um debate que só começou a desenvolver a poucos anos no Brasil, cumprindo um papel fundamental para o antiproibicionismo no país.</div>
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<br /></div>
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“O álcool mata bancado pelo código penal</div>
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Onde quem fuma maconha é que é o marginal</div>
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E por que não legalizar? E por que não legalizar?</div>
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Estão ganhando dinheiro e vendo o povo se matar”</div>
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Legalize Já – Planet Hemp</div>
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<br /></div>
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Com esse caráter contra-cultural atrelado ao fato vir da periferia, o rap cresceu sendo um produto marginalizado. Prisões, como do artista Cert, são comuns na história do rap brasileiro. Em 1997, o Planet Hemp foi preso acusado de apologia às drogas. O Racionais Mc’s também já foram presos em 94 acusados de incitar o crime e a violência. Por motivos parecidos, membros do Facção Central também foram presos.</div>
<div style="text-align: justify;">
De fato, o rap é uma ferramente militante super importante para o movimento negro e antiproibicionista. É uma resposta aos opressores. Porém, o estilo, não está livre das contradições. Pelo contrário, carrega uma série delas. Dando um caráter contraditório a voz dos oprimidos e os jogando no banco dos opressores.</div>
<div style="text-align: justify;">
O mesmo Cone Crew Diretoria no final do ano passado, por exemplo, protagonizaram um episódio lamentável nas redes sociais. O membro conhecido como Maomé postou em seu facebook uma frase extremamente machista e homofóbica. Na publicação ele critica mulheres que trocam likes e seguem de volta, afirmando: “Deveria tomar uma surra dentro de casa pra aprender a ser mulher”. Em seguida ele crítica as mesmas práticas no sexo masculino com a frase: “Já os barbados, … NA MORAL …. Vcs são mais viados do que quem dá o cú !!! Tenho nojo de vocês”. Todo esse discurso também é reproduzido em suas letras. Não só discursos pejorativos a liberdade sexual da mulher ou orientação sexual de uma maneira geral, como em Falo Nada e Chama os Mulekes, o Cone Crew reproduz normatividade e senso comum e faz vista grossa ao status quo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2013, Emicida, rapper conhecido por levar a favela em suas letras, também esteve em um episódio machista em uma das letras do seu disco O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui. Apesar de também ser autor da música Rua Augusta, um retrato humanizado de uma mãe solteira que se prostitui para sustentar o filho, Emicida escreveu a péssima Trepadeira. Na letra: “Minha tulipa, a fama dela na favela enquanto eu dava uma ripa / Tru, azeda o caruru / E os mano me falava que essa mina dava mais do que chuchu” (…) “Dei todo amor, tratei como flor / mas no fim era uma trepadeira”, deprecia uma mulher sexualmente livre e ainda aponta como punição a esse comportamento o uso da violência: “Merece era uma surra de espada de são jorge (é) / Chá de ‘comigo ninguém pode'”.</div>
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<br /></div>
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“Poupa nem os das antigas… logo um mordedor de fronha</div>
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Vai geral baixar a porrada no Pinóquio sem vergonha</div>
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Quebra o papo de cegonha que ele treme e solta as franga”</div>
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Falo Nada – Cone Crew Diretoria</div>
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<br /></div>
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Mas não é somente a nova geração que sofre essas contradições. O Racionais Mc’s apresenta uma série de letras com esses elementos. Em 1 por amor 2 por dinheiro, Mano Brown canta: “Quem é você que fala o que quer/ que se esconde igual mulher por trás da caneta/ vai Zé buceta, sai da sombra/ Cai, então toma! Seu mundo é o chão”. Na mesma música ele presta homenagem a sua raiz africana. Já em Estilo cachorro, o grupo conta a estória de um personagem masculino da favela com um certo poder aquisitivo e vida sexualmente ativa da seguinte forma: “Sexta, a Elisângela / Sábado, a Rosângela / E domingo é matinê, 16, o nome é Ângela”. Em outra parte canta: “Au au au au, não é machismo / Fale o que quiser, o que é, é / Verme ou sangue-bom tanto faz pra mulher / não importa de onde vem nem pra que, se o que ela quer mesmo é sensação de poder”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porém talvez a maior contradição fique na música Qual mentira vou acreditar. Nela, Edi Rock canta um dos melhores retratos do racismo cotidiano. Desde a abordagens policiais “Eu me formei suspeito profissional / Bacharel pós-graduado em tomar geral” a uma conversa com uma garota “Que tinha bronca de neguinho de salão / Que a maioria é maloqueiro e ladrão”. O discurso racista da garota em “Disse pra ‘mim’ não falar gíria com ela, (pode crer) / Pra me lembrar que não tô na favela”, logo se torna um festival de insultos e questionamentos a vida sexual da garota: “Correu a banca toda de uns playba / Que cola lá na área” e chega ao triste verso: “Eu já tava pensando em capotar no soco”.</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6GodavYSxo-578hkGftZ2Wy_g6VmlD0NQOIrL99spmQsb08c1YwyuSvsSdQFEbWTeUX8Lv8SDdnOFzumI5TpqU0YBk749WTFn-kw_An75Qd9XqGo4gC4bdvtwZdj3UZL039cfM2Gn5aU/s1600/conka3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6GodavYSxo-578hkGftZ2Wy_g6VmlD0NQOIrL99spmQsb08c1YwyuSvsSdQFEbWTeUX8Lv8SDdnOFzumI5TpqU0YBk749WTFn-kw_An75Qd9XqGo4gC4bdvtwZdj3UZL039cfM2Gn5aU/s640/conka3.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Karol Conká</td></tr>
</tbody></table>
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<div class="western" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; padding: 0px 0px 5px; text-align: justify;">
Além disso o Rap ainda é um espaço muito restrito aos homens. Apesar da repercussão dos trabalhos de rappers como Karol Conká, Flora Matos e Lurdez da Luz, a cena ainda permanece muito fechada em círculos masculinos e ao seu universo. O protagonismo feminino tanto em discurso como em artistas ainda parece estar em um horizonte distante. Em uma entrevista ao portal Virgula no ano passado Flora Matos afirma: “O meio do rap já foi muito mais machista, (…), mas ainda existe sim. Porém, nós mulheres, quebramos isso de uma maneira muito criativa. Não vira ‘treta’, não vira ‘diz’, vira música e inspiração”. Além disso, nas letras de Karol Conká são relatadas com frequência estórias de mulheres livres e independentes que contribui com o processo de emponderamento feminino.</div>
<div class="western" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; padding: 0px 0px 5px; text-align: justify;">
É quase impossível desassociar o rap do discurso político. Com contradições ou na linha de frente das temáticas, o estilo se consolida como ferramenta artística capaz de gerar reflexão e questionar o senso comum. Seja nas manifestações de afirmação da negritude com <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: bottom;">Falcão, O Bagulho é Doido, </em>do MV Bill, seja na expressão da liberdade feminina com <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: bottom;">Batuk Freak </em>da Karol Conká, até o grito libertário de <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: bottom;">Usuário </em>de Planet Hemp, no grito da voz da periferia em <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: bottom;">Nada como um dia após o outro dia</em> dos Racionais ou no escracho das desigualdades de <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: bottom;">Convoque Seu Buda</em> do Criolo, o <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: bottom;">Rap é compromisso </em>e precisa superar as contradições para estar do lado daqueles que pretendem defender, isso também é um desafio da nossa sociedade.</div>
</div>
</div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-73449157473220130722015-04-06T23:27:00.000-03:002015-04-06T23:29:49.339-03:00Crítica: Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância)<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibTa52tIMhCkuf0iZv07lXJbX2jVvtUE3RBPP73NzK3z7trdmT_LIJh3D_lyQjQKPwR0O1IiOw__0Za6YVeTHtYT32OaCjXn7lBwuJIRaOHj8DKYqz70clzjsZQDlqAqMxTHQsMqbCRe8/s1600/Birdman_2014-4-600x400.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibTa52tIMhCkuf0iZv07lXJbX2jVvtUE3RBPP73NzK3z7trdmT_LIJh3D_lyQjQKPwR0O1IiOw__0Za6YVeTHtYT32OaCjXn7lBwuJIRaOHj8DKYqz70clzjsZQDlqAqMxTHQsMqbCRe8/s1600/Birdman_2014-4-600x400.jpg" height="426" width="640" /></a></div>
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<br /></div>
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O protagonista do filme Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), Riggan Thomson (Michael Keaton), parece ser um daqueles atores marcados por uma única produção significativa em termos artísticos ou mercadológicos da sua carreira. Sucesso em décadas passadas interpretando um super-herói, Birdman, Thomson é um ator que tenta voltar ao estrelato com a sua mais nova produção, uma peça de teatro chamada: “What We Talk About When We Talk About Love”.</div>
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<br /></div>
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Dirigido por Alejandro González Iñarritu, de 21 gramas e Amores Brutos, a estória acontece em um teatro na Brodway e suas redondezas durante o final da pré-produção e apresentação do espetáculo. A montagem de Birdman é uma colagem de planos sequências como se fossem um só, parecido com o trabalho de Hitchcock em Festim diabólico, através de cortes disfarçados e diferente do filme francês Arca Russa de 2002, onde realmente não existem cortes. Um elemento estético interessante que o diretor adotou, em vários momentos do filme, é o uso de elipses (espaços de tempos) nas mudanças de sequências que variam entre passagem de movimentos de câmera pelos cômodos do teatro a mudanças sonoras e visuais nos ambientes.</div>
</div>
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<br /></div>
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Inãrritu tenta explorar um debate sobre as novas relações tecnológicas, artísticas e de comunicação no seu longa mais recente. Em muitos momentos a gente ouve referências à internet, ao jornalismo, ao mercado cinematográfico e artístico de um modo geral. Porém, ele parece se preocupar muito mais no próprio cinema, o que dá um caráter metalinguístico ao longa. Essa preocupação está principalmente relacionado com o personagem marcante na carreira do seu personagem principal, Birdman, um super-herói. O diretor tenta fazer uma dura crítica aos blockbusters do momento.</div>
</div>
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Mas, diferente da proposta de um Watchmen, com suas profundas reflexões, Birdman por vezes adota um discurso elitista e superficial. Apesar da ótima metáfora dos superpoderes do artista, que se sente um deus perante o resto dos homens, Iñarritu erra a mão ao fazer suas análises. Os objetos em que o diretor tentar fazer uma observação crítica são totalmente passíveis de um olhar mais apurado, porém ao não apresentar situações narrativas que apresentem justificativas e aprofundem o debate, o filme acaba trazendo uma temática interessante, mas com pouco argumentação.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMCOiaVK7ue-ln1xLWdI00SunjdK0CxYw6QtKd4zh3KovMQYmxYdYMvuAJAFSwUGUeucMLF7AiPHMsvS1wnyp9tuQ6OtNW-0t2M-YFBbFnRlYLm83MB92YiCK6MkhbwU438of6CuD22Ss/s1600/Birdman_2014-12-600x400.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMCOiaVK7ue-ln1xLWdI00SunjdK0CxYw6QtKd4zh3KovMQYmxYdYMvuAJAFSwUGUeucMLF7AiPHMsvS1wnyp9tuQ6OtNW-0t2M-YFBbFnRlYLm83MB92YiCK6MkhbwU438of6CuD22Ss/s1600/Birdman_2014-12-600x400.jpg" height="426" width="640" /></a></div>
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<br /></div>
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O sub-título do filme já diz muita coisa: “A Inesperada Virtude da Ignorância”, pode soar de certa forma arrogante com o público assíduo por filmes de super-heróis, por exemplo. Isso dá uma acentuada ainda maior quando o personagem de Edward Norton, Mike, fala para Thomson: “um idiota nasce a cada segundo”, em referencia ao seu público, “as pessoas pagam por qualquer coisa”. Nesse direcionamento o filme ganha uma perspectiva parecida com aqueles pessoas de meia-idade saudosista que adoram falar como as coisas antigamente eram mais interessantes.</div>
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<br /></div>
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“Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” é um filme rico imageticamente e traz contribuições visuais e narrativas interessantes. Os diálogos entre os personagens e as relações entre o protagonista e o restante do elenco são muito divertidas, além de uma construção interessante de todos os seus personagens que tendo muito ou pouco espaço na narrativa deixam claro as suas vontades, desejos e personalidades. Não será o trabalho mais aclamado de Alejandro González Iñarritu, Amores Brutos ainda continua sendo o meu favorito, porém pode ser lembrado como um filme relevante da sua carreira.<br />
<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/n7kPKVxuz6k" width="560"></iframe></center>
</div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-81999854688205835742015-03-04T01:38:00.000-03:002015-08-09T21:30:14.936-03:00As semelhanças entre a família tradicional brasileira e a Família Soprano<div style="text-align: justify;">
<br />
A família tradicional brasileira, como se conhece e como ela afirma ser, é aversa a qualquer tipo de progresso. Ela afirma que é preciso retroceder pelo bem da moral (cristã) e dos bons costumes. São conservadores e acreditam que o que alcançamos quanto as liberdades individuais trata-se apenas de “semvergonhice”. Enxergam a luta por direitos uma bobagem, totalmente ligados ao status quo e sem interesse algum de fazer uma crítica madura ao senso comum. Aqueles que chamam as feministas de feminazis e a luta LGBT de ditadura gay, para eles bandido bom é bandido morto, acreditam que o nosso país está virando Cuba e que uma maior participação do povo junto ao estado seria bolivariano demais. Eles sempre existiram, mas Junho de 2013 ecoou uma voz de indignação por progressos e eles apontaram como solução o retrocesso.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu6PqInsBAmPkwB1Sb2NV0zR5_4mcuzskXxEmGO1mmcARS9nZy-fnmIxn-MRePGakjsq17xAOzHfw6Fvm-Rr7BNDdk5BXqjtXUphAHhvblB2_ekG7a6trTmWkcR4MJ0yIIhoMyrNsw_94/s1600/o-JAMES-GANDOLFINI-THE-SOPRANOS-facebook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu6PqInsBAmPkwB1Sb2NV0zR5_4mcuzskXxEmGO1mmcARS9nZy-fnmIxn-MRePGakjsq17xAOzHfw6Fvm-Rr7BNDdk5BXqjtXUphAHhvblB2_ekG7a6trTmWkcR4MJ0yIIhoMyrNsw_94/s640/o-JAMES-GANDOLFINI-THE-SOPRANOS-facebook.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">James Gandolfini interprete de Tony Soprano na série da HBO</td></tr>
</tbody></table>
Dizer que Tony Soprano, personagem principal da série The Sopranos da HBO e a “família tradicional brasileira” são iguais seria um tremendo exagero. Porém, não excluo a possibilidade de existirem perfis muito parecidos. A questão que tentaremos explorar nesse texto são as semelhanças entre a família do seriado e esse modelo de família propagandeado pelos conservadores.<br />
<br />
The Sopranos acompanha o cotidiano da família que dá nome a série. O chefe, Tony Soprano, é “O poderoso chefão” ou boss da máfia que atua numa determinada região dos Estados Unidos. Com um bom filme de máfia, os Sopranos são descendentes de italianos e tem uma herança histórica baseada na corrupção, roubos e mortes. De origem cristã católica, preservam a moral e bons costumes tradicionais e patriarcais.<br />
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Tony Soprano é do tipo anti-herói. Ele é o personagem principal da narrativa e junto a uma maravilhosa execução da série, considerado uma das melhores produções da televisão de todos os tempos, conseguimos acompanhar e torcer pelo personagem. Mesmo suas motivações sendo escrotas e tortas, mesmo o personagem sendo corrupto, assassino, preconceituoso e oportunista, nos afeiçoamos a ele e queremos que ele se livre das atrocidades que comete.<br />
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A história é muito bem contada. Sem pressa, consegue mostrar um personagem complexo, suas frustrações e medos. Sim! Tony, apesar de manter escondido, frequenta a clínica de uma psicóloga. Essas visitas acontecem de forma sigilosa, afinal seria mostrar fraqueza demais para alguém tão alto numa hierarquia da máfia, totalmente ligado a figura do homem como ser insensível e “macho”, se consultar com uma psicóloga. O anfitrião Soprano brocha, tem medo, tem sentimentos (apesar de não demostrá-los com frequência), é corrupto e egocêntrico.</div>
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A primeira semelhança entre a família Soprano e a família tradicional é a herança privilegiada baseado em coisas não muita justas. Isso é claro na narrativa do seriado, a riqueza da família Soprano é baseada numa tradição mafiosa dos seus antepassados. No Brasil, temos o histórico claro de privilégios dos brancos e europeus, enquanto os negros africanos vieram para o nosso país para serem escravizados e após sua libertação não tiveram acesso as terras nem riquezas que geraram, dando origem às periferias brasileiras. Todo esse histórico, mesmo que de muito tempo, ainda reflete na realidade contemporânea. Aqui a semelhança entre essas famílias se destaca pela herança privilegiada, onde muitas vezes esses próprios indivíduos não observam esse detalhe e justificam a sua realidade de conforto com base na meritocracia.</div>
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Outro ponto interessante do seriado é o nível de hipocrisia do seu protagonista, muito semelhante ao clichê do dito “tradicional”. Em determinado episódio da segunda temporada, Tony Soprano, em um diálogo com sua mulher, mostra-se preocupado com as companhias do seu filho. No mesmo episódio, o boss havia matado um personagem pouco importante para o enredo. Não devemos analisar essa situação ao pé da letra. O que é interessante ressaltar aqui é que apesar de cometer erros, o personagem quer passar uma moral puritana, de acordo com seus interesses, para as outras pessoas.</div>
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Em todos os episódios, Tony mostra-se pouco preocupado com as questões coletivas. Além de considerar bobagem toda e qualquer forma de conhecimento social, afinal seu filho homem, que ele pretende manter uma herança de liderança de família, passa a questionar o senso comum. Tony Soprano também é machista, preconceituoso e homofóbico e tem como meta de vida preservar a família, apesar de trair com frequência a mulher com quem é casado.</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4nI28xOh-cYknlxa3EewgNv4HfIcxvtpwzK4s8RTqmJ8tmSLkj0x5Epr3HGlNgu_irjkPi1fnj7bp1A860hqrAf7GLseWcnaQpb8OD-7UBv5rZvvboH_JZ58Gjx0M7xNy9Vo-luZ2lEc/s1600/the-family-the-sopranos-2547534-1313-1880.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4nI28xOh-cYknlxa3EewgNv4HfIcxvtpwzK4s8RTqmJ8tmSLkj0x5Epr3HGlNgu_irjkPi1fnj7bp1A860hqrAf7GLseWcnaQpb8OD-7UBv5rZvvboH_JZ58Gjx0M7xNy9Vo-luZ2lEc/s1600/the-family-the-sopranos-2547534-1313-1880.jpg" width="278" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Família Soprano</td></tr>
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Tony Soprano, todos os seus aliados e sua família têm muita semelhança com o esse modelo de família tradicional. Modelo este que concentra a análise de sociedade baseado apenas na sua realidade que, apesar de cristã, tem poucas ações coletivas, que apesar de errar adora apontar os erros dos outros e que apesar de ter desejos e no íntimo fugir da normatividade, ainda bate o pé pela manutenção de algo superado. </div>
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Em outro episódio o Soprano encontra seu filho fumando maconha e cria um grande barraco por causa disso. Em momento nenhum, o personagem tem uma conversa franca sobre drogas com o filho, ao mesmo tempo em que é ligado diretamente ao tráfico de drogas daquela região. Na verdade, Tony, em nenhum momento, mostra-se preocupado em ter uma conversa franca e madura sobre temas polêmicos, pelo contrário, ela adora oprimir as coisas ao seu redor, enquanto muitas vezes tem ligações diretas com esse tipo de coisa.</div>
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Pelo perfil do personagem, podemos dizer com clara certeza que ele seria desfavorável a uma regulamentação das drogas e acredita que os seus usuários são vagabundos ou coisas do tipo. Como numa cena onde tem uma discussão séria com seu sobrinho pelo fato dele usar cocaína, porém ele é um frequente usuário de whisky. O que é muito semelhante com uma parcela da sociedade brasileira, por exemplo, cuja boa parte mostra-se contrária a uma legalização das drogas, mas costuma beber com frequência.</div>
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Tony também adora aproveitar das situações em seu favor. Odeia os policias que o perseguem, mas é camarada dos mesmos que aliviam as coisas para o seu lado. Seja através de propina ou não. Situação que parece semelhante com muitas situações do cotidiano brasileiro. Ao mesmo tempo que se ouve muita reclamação em cima das ações do estado, também observa-se diariamente as mesmas pessoas super atenciosas em encontrar brechas que as beneficiem.</div>
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Tony Soprano é do tipo de xingar os filhos por que eles xingaram. Também sofre de uma indignação seletiva, de acordo com os seus interesses. Acha-se no direito de ser um justiceiro, ao mesmo tempo que comete várias injustiças. Se incomoda com as pessoas que tentam mudar a realidade e tem uma forte personalidade egocêntrica e quer reproduzi-la. Tony Soprano não é um personagem comum por suas ações criminosas, mas é um personagem comum por sua personalidade centralizadora e egoísta, tão comum na dita família tradicional brasileira.</div>
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Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-15481817951349504632015-02-09T23:06:00.000-02:002015-04-06T23:39:51.860-03:00Em pleno século XXI ainda precisamos responder: Direitos humanos são aqueles que protegem bandidos?<div align="CENTER" class="western" style="background-color: white; padding: 0px 0px 5px; text-align: justify;">
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A evolução da humanidade como sociedade organizada tem relação íntima com a luta pelos direitos humanos. Foi esse processo de muitas datas que hoje podem garantir direitos mínimos a toda e qualquer pessoa. Para a sociedade, essas garantias, devem ser motivos de alegria, afinal estamos falando do direito de ser, de viver, das liberdades de pensamento, de crença e de expressão. Também estamos falando de democracia, não existe uma sociedade democrática se não há a garantia dos direitos humanos. De dignidade, direito ao trabalho, à educação, à saúde e à moradia. Infelizmente essa luta ainda não acabou. Em pleno século XXI ainda precisamos do empenho de muita gente para progredir como sociedade de direitos.</div>
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Na minha infância eu sempre acreditei que a humanidade vivia em progresso. Seja o que for, aconteça o que aconteça, as coisas mudavam e para melhor. Isso era certo para mim. Porém, infelizmente, a minha entrada no mundo adulto me provou outra coisa. As coisas podem piorar e a roda da evolução pode retroceder. Isso fica claro quando sujeitos como Silas Malafaia e Bolsonaro ganham visibilidade, quando discursos de “bandido bom é bandido morto” e “direitos humanos para humanos direitos” são repetidos sem reflexão, quando uma juventude universitária ganha uma ideologia reacionária e de ódio. Afinal, pra que (m) serve teu conhecimento?</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDzRmxUHkcYEN1j4Tv44I_phDzdWsqNBXIndY4lXd2Vwa94E8iMlzcZg9R09YqbKT6_ss-gtmOWHbUP50AurdGBOHYWgZSoiXm4iixh9DM012G8OQrpu7B1nPizCe_FuKb3408bBwdLek/s1600/10455094_869436193067775_6105407645891998671_n-533x400.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDzRmxUHkcYEN1j4Tv44I_phDzdWsqNBXIndY4lXd2Vwa94E8iMlzcZg9R09YqbKT6_ss-gtmOWHbUP50AurdGBOHYWgZSoiXm4iixh9DM012G8OQrpu7B1nPizCe_FuKb3408bBwdLek/s1600/10455094_869436193067775_6105407645891998671_n-533x400.jpg" height="480" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 10.5600004196167px; line-height: 14.7840003967285px;">Pixação nos muros da Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Aracaju – SE</span></td></tr>
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Essa juventude entende que a retirada de direitos de alguns é importante para que eles aprendam e se concertem, enxergam que o jovem que está na criminalidade é um vagabundo, um caso sem relação com a estrutura de sociedade que vivemos, tem visão maquiavélica, onde o mal são os “outros” e o bem somos “nós”. Mas quem somos “nós”? Quem são os “outros”?</div>
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Os “outros” são aqueles que durante toda a sua vida foram retirados seus direitos, os “outros” são aqueles sem dignidade, aqueles que não se enxergam entre “nós”, aquele que “nós” separamos com um muro, excluídos, aquele que “nós” olhamos feio quando está por perto. Infelizmente, a nossa sociedade é construída na base da indiferença. E é esse tipo de mentalidade que precisamos aprofundar. Retirar direitos para aprender a se colocar no seu lugar ou garantir direitos para uma sociedade melhor e mais igualitária?</div>
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Que aqui fica bem claro não ser um texto maquiavélico, como já dito antes. Ninguém aqui, em sã consciência, acredita que a retirada de direitos provocada pelo “outro” seja encorajada. A intenção é refletir sobre a estrutura de sociedade que vivemos e como essa estrutura precisa ser revolucionada para uma sociedade melhor. Deixo aqui a reflexão, da importância de romper com o olhar da tradição, da importância de não naturalizar nem legitimar ações de ódio, da importância de ajudar na construção dessa sociedade. Ela é possível!</div>
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Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-80739838271043113082014-04-12T03:01:00.000-03:002015-04-06T23:56:08.097-03:00Fotografias - Parte 1<div style="text-align: justify;">
Finalmente fiz a matéria de Fotografia digital na universidade. Gosto muito de fotografar e hoje compreendo que o ato não trata-se apenas do movimento físico de apertar um botão, mas também de ter a sensibilidade de fazer escolhas, principalmente a do ponto de vista. Sendo assim, esse post trata apenas da exposição das minhas fotografias. Espero fazer mais e quem sabe comprar um Canon legal, por isso parte 1 no título, para que acima de tudo eu tenha a convicção de que preciso expor meu olhar constantemente.</div>
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PS - As fotos foram feitas durante a preparação do Sarau debaixo, evento que acontece toda terceira terça do mês em baixo do viaduto do DIA na capital sergipana, Aracaju.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilyIn8dXyK3n3mfntWmtB-dwxCAB98nv4uuKd36XWhYJ1uVtpqR05dX_Fdw32d-eSuOuf3ExKDkjYv3NCoJeuye1WDwslJNuGjKgMzrkd0P3-BpcC10B_upGXXcsvC3PPo1epUqYRKd4U/s1600/IMG_0018.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilyIn8dXyK3n3mfntWmtB-dwxCAB98nv4uuKd36XWhYJ1uVtpqR05dX_Fdw32d-eSuOuf3ExKDkjYv3NCoJeuye1WDwslJNuGjKgMzrkd0P3-BpcC10B_upGXXcsvC3PPo1epUqYRKd4U/s1600/IMG_0018.JPG" height="424" width="640" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT_DTL-5ZyfYczc7eK2gQEE8oajyhk_1lx-gL67gnWZnNBGW3y69zObycgBUMZZT0yrMolKvX4FY-QPGbnxuRgQubTGPTztd_ZLhs3eECsIURel7tO3jS-8J5vV7kBBxcFQK9EcL9eldE/s1600/IMG_0024.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT_DTL-5ZyfYczc7eK2gQEE8oajyhk_1lx-gL67gnWZnNBGW3y69zObycgBUMZZT0yrMolKvX4FY-QPGbnxuRgQubTGPTztd_ZLhs3eECsIURel7tO3jS-8J5vV7kBBxcFQK9EcL9eldE/s1600/IMG_0024.JPG" height="426" width="640" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhby0B2iSKOFuAp8HpbN3bXqh79EI9i8WleKbxGD5VRoprjKB14d4axZ6zYndn3yPCMJhsYOj41MpLqwJfhjrLMM6c4gb_W5LT-i-11yRrjyhcbmm_wGSxzHd2ryg6ZZjYOtynx588l-6Y/s1600/IMG_0028.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhby0B2iSKOFuAp8HpbN3bXqh79EI9i8WleKbxGD5VRoprjKB14d4axZ6zYndn3yPCMJhsYOj41MpLqwJfhjrLMM6c4gb_W5LT-i-11yRrjyhcbmm_wGSxzHd2ryg6ZZjYOtynx588l-6Y/s1600/IMG_0028.JPG" height="426" width="640" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8PwVwbkg4wJZKTFxaHMtzyFzRDKlMAqOOvEDSkLvYZ7cNdmGtCE_ectZSlwLtowHJJs8NJjdXNI1kL8d4IhUNfpjjrn14VqqxJOU5lMtFUrwG2hwCd2FTDc9fcYtc42t8_-OkvXhqPwo/s1600/IMG_0091.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8PwVwbkg4wJZKTFxaHMtzyFzRDKlMAqOOvEDSkLvYZ7cNdmGtCE_ectZSlwLtowHJJs8NJjdXNI1kL8d4IhUNfpjjrn14VqqxJOU5lMtFUrwG2hwCd2FTDc9fcYtc42t8_-OkvXhqPwo/s1600/IMG_0091.JPG" height="426" width="640" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyuI1EpROt8sovK9WGPY8gvRjGQt0kPiRwTn13kep8g55iAWhtXJ2030q9vrb9mK7fsQynaN-zXzKUaE_QQiUOy5KsFMbXZ24K_w7KWTLwgXxSzf_eRf4XbpYR2UKCcH24HLn_GuK2jRQ/s1600/IMG_9997.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyuI1EpROt8sovK9WGPY8gvRjGQt0kPiRwTn13kep8g55iAWhtXJ2030q9vrb9mK7fsQynaN-zXzKUaE_QQiUOy5KsFMbXZ24K_w7KWTLwgXxSzf_eRf4XbpYR2UKCcH24HLn_GuK2jRQ/s1600/IMG_9997.JPG" height="426" width="640" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJNz_xgBYvKZ5Hh59jIC8geq56vuiajE7LYajk7Lo0KxstGGR6fZ2MV-h6Nx9CapPcz6ZIEen7Mq5n6Zv4PPcbLg1F1C3QtDkY9XA6gCTltLcINt_dPm5l2LciqKzNnU6VeLFYE1qIzfY/s1600/IMG_0025.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJNz_xgBYvKZ5Hh59jIC8geq56vuiajE7LYajk7Lo0KxstGGR6fZ2MV-h6Nx9CapPcz6ZIEen7Mq5n6Zv4PPcbLg1F1C3QtDkY9XA6gCTltLcINt_dPm5l2LciqKzNnU6VeLFYE1qIzfY/s1600/IMG_0025.JPG" height="426" width="640" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS-BvHLZkSb11e74Li_AxuGZql7lk8PJpcAvG0p97lxzl8pDPIcuqOWO6l-5GS76hSIt_ss0MGeejOc0zTkiGW1FPzz11rpqyvFDBqLAzT6gm_qZiF17NiJD2cVNBH9Wn9Ca8pDfWYKC0/s1600/IMG_0030.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS-BvHLZkSb11e74Li_AxuGZql7lk8PJpcAvG0p97lxzl8pDPIcuqOWO6l-5GS76hSIt_ss0MGeejOc0zTkiGW1FPzz11rpqyvFDBqLAzT6gm_qZiF17NiJD2cVNBH9Wn9Ca8pDfWYKC0/s1600/IMG_0030.JPG" height="426" width="640" /></a></div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-77937405860570599412014-04-03T03:29:00.001-03:002015-04-06T23:59:45.387-03:00As novas relações econômicas e sociais entre consumidores e produtores no mercado artístico<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Artigo apresentado em 2014 para a matéria "<span style="line-height: 150%;">Tecnologia e linguagem dos meios de comunicação" do curso de Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS).</span></i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;">Raul
Marx Rabelo Araujo</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;">Estudante
de Comunicação social da UFS</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="mailto:max.ual2@gmail.com"><span style="font-family: inherit;">max.ual2@gmail.com</span></a></u></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Resumo</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;"> O mercado fonográfico encontra-se em uma grande </span><span style="line-height: 24px;">enrascada</span><span style="line-height: 150%;">. Com a acensão da internet e o seu modelo de compartilhamento incessante, os grandes selos e gravadoras viram as
suas economias em crise. De um modo geral, o surgimento dos torrents
e sites de hospedagem aumentaram a circulação de conteúdo </span><span style="line-height: 24px;">artístico</span><span style="line-height: 150%;">, mas em compensação </span><span style="line-height: 24px;">freou</span><span style="line-height: 150%;"> violentamente a economia
fonográfica. Por outro lado, o cinema, com forte poder de
reinventar-se, devido ao seu modelo de consumo, não enfrentou tantos
problemas. Entretanto, com o crescente aumento dos mais diversos
tipos de tela, essa situação começa a incomodar. </span>
</span></div>
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;"> O Presente artigo tenta relacionar os debates
apresentados na obra “A Tela global” de Gilles Lipovetsky com a
postura inovadora de Amanda Palmer dentro do mercado fonográfico.
Apesar de os dois assuntos tratarem de </span><span style="line-height: 24px;">nichos</span><span style="line-height: 150%;"> diferentes, cinema e
música, pretendemos problematizar a relação entre consumidor e
produtor de arte à partir das inovações tecnológicas, não só
pelas vias econômicas, mas também pelas relações sociais. </span>
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Introdução
– Um novo modelo de consumo</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.45cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">A tecnologia dos anos
1980 cola-se à pele, responde ao toque: o computador pessoal, o
walkman, o telefone portátil, as lentes de contato. Alguns temas
centrais emergem repetidamente no ciberpunk. O
tema ainda mais poderoso
da invasão da mente:
interfaces
cérebro-computador, inteligência artificial, neuroquímica
– técnicas que radicalmente redefinem a natureza da humanidade, a
natureza do eu... (SANTAELLA,
2007, p. 128, apud DYENS,
2001, p. 73)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"> A
citação acima refere-se aos anos 80, mas ela cabe perfeitamente ao
que viria acontecer nos anos posteriores. Vivemos o pós-humanismo,
ou seja, vivemos cada dia mais numa difusão entre homem e máquina.
Mas diferente das previsões oitentistas em filmes como Blade Runner,
a tecnologia não está desmembrada do ser humano. Não existem ao
nosso redor robôs andantes e falantes que nos servem, na verdade, a
nossa relação parece ser mais carnal, conectada. A tecnologia hoje
interfere nas relações humanas<span style="color: black;">
como suporte. As telas espalhadas pelo mundo com seus aplicativos e a
internet oferecem um modelo de troca de informações e comunicação
bem mais simplificados. </span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;"> Nossas
relações sociais, profissionais e financeiras quase nos obriga a
entrar nessa lógica de intermediação tecnológica. Essa </span><span style="line-height: 24px;">interferência</span><span style="line-height: 150%;">, se bem utilizada, facilita a vida do ser humano, além
de lhe trazer mais conhecimento e entretenimento. Nesse espaço novas </span><span style="line-height: 24px;">alternativas</span><span style="line-height: 150%;"> de consumo audiovisual se ampliaram, vemos TV e ouvimos
rádio de maneira diferente, nos comunicamos com mais facilidade em
meio as redes sociais e até coisas banais, como chamar um táxi e
identificar uma música legal se tornaram simplificadas. Todo esse
movimento pode ser caracterizado como cibercultura. Entende-se esse
termo como “a </span></span><span style="line-height: 150%;"><span style="color: black;">relações
entre as tecnologias informacionais de comunicação e informação e
a cultura, </span>emergentes
a partir da convergência informática/telecomunicações na década
de 1970” (Lemos, 2002). </span></span><span style="line-height: 150%;">
</span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;"> Ainda
segundo André Lemos, a cibercultura tem como principal orientador a
“re-mixagem”, que seria mais ou menos o costume de
reaproveitamento e edição de conteúdo e informações dentro das
tecnologias digitais. Esse </span><span style="line-height: 24px;">principio</span><span style="line-height: 150%;"> tem como </span><span style="line-height: 24px;">características</span><span style="line-height: 150%;"> básicas:
“a liberação do pólo da emissão, o princípio de conexão em rede e a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas
sociais”, ou seja, o antigo consumidor torna-se também produtor,
cria e adapta o que já existe; se expandem as conexões entre os
usuários com acensão dos dispositivos móveis e a expansão do
acesso a internet e, por último, a restruturação da industria que
destrói o monopólio burgues. </span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;"> A
cibercultura reconfigurou não só a industria cultural, como também
revolucionou as relações pessoais e a experiencia humana. Alterou
as formas de produção e circulação material, de conteúdo e de
serviços, assim também como modificou a troca de informações e a
comunicação. Dentre dessa revolução, as mídias </span><span style="line-height: 24px;">hegemônicas</span><span style="line-height: 150%;"> e a industria cultural, viram o seu </span><span style="line-height: 24px;">monopólio</span><span style="line-height: 150%;"> ruir. As novas mídias
apresentam um formato igualitário e democrático e fazem com que a
industria acabe ganhando novas molduras. Dentro desse novo momento
surgem novos conflitos, não só para a industria como também para
artistas e produtores. </span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><b>As
soluções de Amanda Palmer</b></span></span><br />
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="line-height: 24px;"><center>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3xHURCCswAY" width="560"></iframe></center>
</span><span style="line-height: 24px;"></span></div>
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Amanda
Palmer não foi a criadora de um sistema que se adaptou as novas
tecnologias. As plataformas que ela usou para arrecadar dinheiro dos
fãs para uma produção independente, já existiam. Na verdade, a
cantora é um exemplo de uma restruturação da industria da arte a
partir do próprio artista. Nesse novo modelo as grandes industrias
perdem o controle para os produtores, o que resulta uma maior
liberdade para o mesmo.</span><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;"> No
caso de Amanda Palmer, cantora da banda The Dresden Dolls, a
plataforma usada por ela foi um site de crowdfunding, </span><span style="line-height: 24px;">financiamento</span><span style="line-height: 150%;"> coletivo. Esses espaços </span><span style="line-height: 24px;">funcionam</span><span style="line-height: 150%;"> de forma inversa ao modelo
consolidado anteriormente. Os consumidores, fãs e amigos, pagam
antecipadamente pelo produto a quantia que achar necessária, para só
depois, afinal a realização ainda vai acontecer, receber o produto.
Na arrecadação que Palmer fez junto aos fãs, sua </span><span style="line-height: 24px;">pretensão</span><span style="line-height: 150%;"> era
de 100 mil, mas acabou conseguindo mais de US$ 1 milhão, ou seja,
transformou-se em um ícone desse modelo de negócio. </span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"> Para
a cantora esse novo modelo de gestão de negócio é libertário: “Eu
quero fazer música e quero ter o controle. Geralmente, perde-se o
controle quando se assina com grandes gravadoras, e acaba não
valendo a pena, mesmo que a grana seja maior. Eu tenho uma boa ideia
de quem são os meus fãs, o tipo de música que eu quero fazer, como
eu quero que o conjunto fique” (PALMER, 2013).</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><b>Uma
revolução na industria da arte</b></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><b> </b></span></span></div>
<div style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.47cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">O
'verdadeiro' cinema não se acha atrás de nós: ele não cessa de se
reinventar. Mesmo confrontando a novos desafios de produção, de
difusão e de consumo, o cinema continua sendo uma arte de um
poderoso dinamismo, cuja criatividade não está de modo algum em
declínio. O tudo-tela não é o túmulo do cinema: mais do que nunca
este demonstra inventividade, diversidade, vitalidade (LIPOVETSKY;
SERROY, 2009, p 14).</span></span></div>
<div style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.47cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.47cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;"> Assim
como a </span><span style="line-height: 24px;">industria</span><span style="line-height: 150%;"> fonográfica, o cinema também enfrenta um dilema.
Com a expansão das telas, principal suporte para as tecnologias
atuais, o audiovisual estará em todos os lugares, mas em
descompensação pode por em risco o formato atual da industria
cinematográfica. Mas, diferente da música, o cinema consegue se </span><span style="line-height: 24px;">adaptar</span><span style="line-height: 150%;"> e resistir, entretanto os meios de transmissão de conteúdo
audiovisual não param de surgir e por isso esse cenário deve se
transformar.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;"> A
primeira grande concorrência </span><span style="line-height: 24px;">tecnológica</span><span style="line-height: 150%;"> que gerou medo na industria
cinematográfica foi o surgimento da televisão. Muitos acreditavam
que as pessoas deixariam de assistir filmes em salas de cinema, para
assistir no conforto das suas salas. Acabou que a televisão
construiu uma linguagem, metodologia e sistema financeiro próprio,
diferenciando da sétima arte. Hoje em dia, o próprio modelo
clássico de ver TV está mais ameaçado que as exibições de filmes
em salas de cinema. Houve uma reconfiguração, as salas acabaram se
transportadas para dentro dos shoppings e os investimentos de filmes
dedicados a várias “janelas”, ganharam um maior financiamento. </span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"> A
questão agora é que o problema (ou solução) é bem mais complexo.
Vivemos à época da tela global: </span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.47cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Tela
em todo lugar e a todo momento, nas lojas e nos aeroportos, nos
restaurantes e bares, no metrô, nos carros e nos aviões; tela de
todas as dimensões, tela plana, tela cheia e minitela portátil;
tela sobre nós, tela que carregamos conosco; tela para ver e fazer
tudo. Tela de vídeo, tela em miniatura, tela gráfica, tela nômade,
tela tátil, o século que começa é o da tela onipresente e
multifome, planetária e multimidiática (LIPOVETSKY; SERROY, 2009, p
14).</span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"> Todas
essas definições de telas aglomeram dentro delas plataformas que, a
cada vez mais, fazem ligações de uma mídia com outra, num processo
chamado transmídia. Tv e rádio hoje já são transmitidas online, o
serviço do Netflix, por exemplo, oferece um modo revolucionário de
ver televisão: o que quiser, quando quiser em qualquer lugar. A
televisão perde cada vez mais audiência, mas algumas séries batem
recordes de downloads, os investimentos para as produções
televisivas se equilibram com os grandes filmes hollywoodianas, o que
parece acontecer é que as produções seguem o mesmo caminho feito
pelas mídias, tudo conectando-se. </span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"> </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;"> Produções
baratas lotam sessões, produções caras enchem programações de
canais de assinatura, filmes estreiam direto na TV, exibições </span><span style="line-height: 24px;">simultâneas</span><span style="line-height: 150%;"> de episódios de séries em todos os países que o canal
tem retransmissoras, rádio em aparelhos televisivos, Tv em
dispositivos móveis. Os limites entre TV, rádio, cinema e internet
parecem cada vez mais desaparecer e é dentro dessa lógica que o
capitalismo parece desestruturar-se. Mas o que é mais interessante é
que o </span><span style="line-height: 24px;">monopólio</span><span style="line-height: 150%;"> da produção cultural foi quebrado, as tentativas de resistência fora desse novo modelo social ao qual se organiza as
relações sociais, frustraram. </span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.03cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;"> Dentro
desses dois panoramas, com o audiovisual expandindo suas </span><span style="line-height: 24px;">plataformas</span><span style="line-height: 150%;"> de exibição e ao mesmo tempo transformando essas mesma plataformas
em uma única coisa, onde o que diferencia as produções é o </span><span style="line-height: 24px;">caráter</span><span style="line-height: 150%;"> técnico, e a música arranja novas formas de financiamento,
bandas recorrem a financiamentos coletivos, disponibilizam grátis o
disco na internet ao mesmo tempo que aumenta o preço e o número de
shows . O que fica claro é que o mercado se reconfigurou, a crise
existe para quem não se adequou as novas tecnologias. </span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><b>Conclusão
</b></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><span style="color: black; line-height: 150%;"><b> </b></span><span style="color: black;"><span style="line-height: 150%;">Como
fica claro na introdução deste artigo, a internet revolucionou as
relações sociais e constantemente transforma a industria cultural.
Ela tem um </span><span style="line-height: 24px;">caráter</span><span style="line-height: 150%;"> bastante democrático e </span><span style="line-height: 24px;">anárquico</span><span style="line-height: 150%;">. As informações
cada vez mais sai das mãos dos detentores de capital, isso é um
grande avanço para humanidade. Mas o futuro apresenta grandes
conflitos. Dentro do sistema em que vivemos, a arte precisa
sustentar-se, os produtores precisam de dinheiro para produzir mais.
Entretanto, ao mesmo tempo, esse democratização da “arte em todo
lugar” não pode morrer, nem deve, pela dimensão que a internet
tem. </span></span></span>
</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"> </span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;"> Na
verdade, as tecnologias a partir das </span><span style="line-height: 24px;">interferências</span><span style="line-height: 150%;"> sociais,
modificaram toda a estrutura de sociedade. O capitalismo, como
conhecemos, até então, está morrendo. A democracia no consumo da
arte vem de um </span><span style="line-height: 24px;">viés</span><span style="line-height: 150%;"> de esquerda e </span><span style="line-height: 24px;">ameaça</span><span style="line-height: 150%;"> o “livre mercado”, mas
fomenta a liberdade individual. O grande risco, que é comum dentro
desse sistema, é que ele queira apoderar-se dessas liberdades. Uma
visão otimista da </span><span style="line-height: 24px;">manutenção</span><span style="line-height: 150%;"> desse mercado é o exemplo de Amanda
Palmer, mas existem ações da antiga mídia </span><span style="line-height: 24px;">hegemônica</span><span style="line-height: 150%;"> e agora </span><span style="line-height: 24px;">destruída</span><span style="line-height: 150%;"> tentando retornar a sua dominação. Mas o interessante é
que além das alternativas criadas pela tecnologia, ela própria em
seu sistema dificulta essas atitudes.</span></span></div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-15502108896678253162014-02-23T00:10:00.000-03:002015-04-07T00:04:15.439-03:00Carta aberta aos humanos direitos<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Fico extremamente frustrado quando vejo universitários ou já formados, reproduzirem uma ignorância. Não cabe dentro da minha cabeça que eles possam levar o debate sem aprofundamento. Repetir um erro de gerações. Repetir algo que nunca resultou em nada. Reproduzir preconceitos claros e os enraizados, aqueles que de tão comum parecem naturais.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3yybZ8K77lrKnPcab__SKNR9ya6tjhdhjzxkQuI_1FJ2W-mu8V6-_H58mcOHWUDU2fBdbjg3Uv_sEcXDa_9pVwyL2BLpIcyROtynje-1Z8br7-y9_7McflpHa0MI_mcjc5IV4Y_cFUnA/s1600/1724704_519727011477854_177114779_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3yybZ8K77lrKnPcab__SKNR9ya6tjhdhjzxkQuI_1FJ2W-mu8V6-_H58mcOHWUDU2fBdbjg3Uv_sEcXDa_9pVwyL2BLpIcyROtynje-1Z8br7-y9_7McflpHa0MI_mcjc5IV4Y_cFUnA/s1600/1724704_519727011477854_177114779_n.jpg" height="201" width="640" /></a></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Afinal, para que serve uma universidade? Para lhe garantir um emprego e uma vida normativa ou para, além disso, lhe proporcionar conhecimento, capacidade crítica e para ajudar o individuo no processo de uma sociedade melhor? Quando médicos deixam de pensar que sua profissão pode salvar vidas e começam a imaginar quanto irão ganhar futuramente, é disso que estou falando nesse momento. Não consigo me inquietar se ao me redor existem pessoas em processos individualistas, não que o individual não seja importante, estamos falando em questões coletivas. O mais incrível é que, em sua maioria cristãos, não reproduzem os ensinamentos de esquerda de Cristo. Pois é, não acredito em Deus, mas Jesus foi um cara de esquerda. Prezava pela igualdade, andava com as "minorias" e aquela barba e cabelos longos não me enganam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No meio dessa história toda que sai do meu teclado, num fluxo de pensamento, venho defender meu posicionamento. Igualdade é a base dele. Então não venha jogar na minha cara a reprodução de algo que você ouviu na TV ou dos erros de outras gerações. Esquerda é utopia e utopia é a máxima de uma sociedade perfeita. Vejo o sistema que vivo caminhando ainda mais para uma distopia, um fracasso. Podem acreditar que tudo isso seja impossível, mas a impossibilidade não tira de mim o desejo por uma sociedade melhor. Nunca quis mudar o mundo, sempre quis mudar o que estava próximo de mim. Dizer que esse pensamento é fútil e que não tem legitimidade faz de você uma pessoa egoísta e acima de tudo perversa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dizer que esse ideal defende bandido é uma burrice, isso nunca aconteceu. Adotar um bandido? Vai ser ignorante na puta que te pariu. As pessoas devem pagar pelos seus erros, mas não no olho por olho. Onde já se viu responder um crime com outro crime? Dessa cultura de violência me recuso a participar. E outra coisa, vamos aprofundar mais o debate: O que levou este ser humano a errar? Ele é uma pessoa ruim desde que nasceu? Ele é ganancioso e queria mais sendo que não tinha nada? Ou será que na falta de direitos negados durante toda a sua vida, processo que acompanha também seus pais, esse individuo custa a cumprir com seus deveres? Vamos aprofundar ainda mais o debate e tentar lembrar que sociedade conseguiu melhorar a violência na base de uma cultura repreensiva e violenta? O extermínio da juventude negra nas periferias brasileiras mudaram o quadro de violência no nosso país?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso humanos direitos, saibam que direitos humanos são para todos. Sem distinção! Graças ao bom senso de alguns muitos, não seguimos o discurso nazista que fez a sociedade alemã acreditar que judeus, negros e gays não eram humanos. Saibam, humanos direitos, que seu direito a liberdade de expressão, de crença, de ir e vir e a sua liberdade individual são garantias dos direitos humanos, por isso não venha dizer que esse discurso protege bandido, ele protege você, eu e qualquer ser humano. Claro, que o tal menino pendurado ao poste foi contra essa máxima, mas não é por isso que uma violação nesse sentido seja sentenciado com outra violação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por último, não venha com o argumento pronto: "é porque não foi com você". Não estou aqui indo de contra a vitima, ela, em seu sofrimento, merece todo o suporte. Foi tirado dela um direito básico. Entendo a sensação de insegurança também, mas não resolveremos nada numa cultura de violência. Fui assaltado várias vezes, nunca desejei a morte dos que me roubaram. Apesar de hoje estarem mortos, pois na minha cidade houve um extermínio de jovens negros*, nunca desejei a esses garotos mal algum. Pelo contrário, luto para que possamos sair desse sistema vicioso que opta pelo mais fácil e que não resolve nada. Luto para que desde cedo todas as pessoas tenham seus direitos garantidos. Luto por um sistema que não aperfeiçoe um bandido na cadeia, mas para que possa recuperá-lo. Podem me julgar ridículo, mas continuo a Lutar e da luta não me retiro!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* A matança que aconteceu em Poço Verde, minha cidade, de nada resolveu. Ainda existem vários jovens em situação vulnerável e que podem vir a cometer crimes. A onda de mortes ainda não acabou, ou seja, a violência não terminou. O que houve foi apenas uma transferência das vitimas e não há nada que impeça que as antigas vítimas voltem a se tornar alvo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."</div>
<div style="text-align: justify;">
— Artigo 1º Declaração Universal dos Direitos Humanos</div>
<div style="text-align: justify;">
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"É preciso tomar cuidado (...) Nós, povo, é que devemos tomar cuidado de não acreditar em coisas malucas. Acreditar que, como muitos que acreditaram em Hitler, que a raça ariana podia ser purificada. Muitos acreditaram! E deu no que deu, milhões de pessoas assassinadas. (...) Isso é uma bandidagem, é bandidagem de classe média. Pior é quem faz uso dos meios midiáticos para estimular a violência, estimular a discriminação. (...) Quando mídia e classe média começam a difundir e fazer apologia da violência se iguala ao bandido perverso de baixo e não tem mais diferença. Usa a mesma estratégia de conseguir as coisas que quer por meio de violência." Jurista Luiz Flávio Gomes. Integra:</div>
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<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #37404e; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">
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<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3yybZ8K77lrKnPcab__SKNR9ya6tjhdhjzxkQuI_1FJ2W-mu8V6-_H58mcOHWUDU2fBdbjg3Uv_sEcXDa_9pVwyL2BLpIcyROtynje-1Z8br7-y9_7McflpHa0MI_mcjc5IV4Y_cFUnA/s1600/1724704_519727011477854_177114779_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></span></div>
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</span>Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-33903402667122712742013-09-21T03:55:00.000-03:002013-09-21T03:55:32.116-03:00O Que vi: Mostra Tati por inteiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh-087KSoSDCPmHhrwIykNzqqeRAr-vM1VTBfcm9VctPwxbbR-hkSPwkHqQaBd1hUQhoVwizLYyzUIHwwmEaFWccZLb2PJ7appjumTtWDm7EgSW4DYyYhxmRVNiPnaB0pODwnFwLbqhLA/s1600/banner-tati.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh-087KSoSDCPmHhrwIykNzqqeRAr-vM1VTBfcm9VctPwxbbR-hkSPwkHqQaBd1hUQhoVwizLYyzUIHwwmEaFWccZLb2PJ7appjumTtWDm7EgSW4DYyYhxmRVNiPnaB0pODwnFwLbqhLA/s640/banner-tati.png" width="640" /></a></div>
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<b>Tati</b>, por muito tempo, ficou no meu olhar periférico de cinema. Não por motivos de qualidade e sim porque pouco ouvia falar sobre ele. O meu primeiro contato com o nome foi em <i>"Meu tio"</i>, que em um passado distante alguém havia me recomendado. Mas a figura ainda não fazia a minha cabeça. A segunda aparição foi em um <a href="http://www.youtube.com/watch?v=_Bydo23lMD8">vídeo do omelete em que se discute <i>"Playtime"</i></a>. Me instigou, quero ver. Mas o que, definitivamente, me levou a conhecer o diretor foi a <i>"Mostra Tati por inteiro</i>", promovido pelo SESC que rolou no Cine Vitória em Aracaju.<br />
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<b>Jacques Tatischeff</b> poderia ter sucedido o pai no comércio de molduragem ou seguido uma carreira no exército, mas, felizmente, teve uma oportunidade em um determinado baila de gala. No evento, feito para celebrar um certo prêmio, Tati pode apresentar a sua performasse como ator, acrobata e dançarino. Daí foi só um pulo para ele sair do teatro e ir parar no cinema, não só em frente as câmeras como também atrás delas.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitUeFs2zthqFTVG-Zu0nen-j0MBTHA2fqRnGSJ7yBxkRipNxZFy7yFdwkOrCb-rVnBdUVik6AIeReWGfve4wCsDcA_OD7QpivO_C_fOwcUPq-sEa4qnY1bI9lBgcD8ydNTw9i7hk1wCig/s1600/meutio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitUeFs2zthqFTVG-Zu0nen-j0MBTHA2fqRnGSJ7yBxkRipNxZFy7yFdwkOrCb-rVnBdUVik6AIeReWGfve4wCsDcA_OD7QpivO_C_fOwcUPq-sEa4qnY1bI9lBgcD8ydNTw9i7hk1wCig/s640/meutio.jpg" width="640" /></a></div>
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Em <b>"Meu tio"</b>, filme que considero o melhor entre os que assisti, Tati já encanta pela sua leveza na narrativa, sua critica social e sua capacidade de fazer rir. No filme acompanhamos o Mr. Hulot, homem simples e de pouca ligação com bens materiais, convivendo com uma parte de sua família bem mais rica e de forte ligação afetiva e moral com o consumo. A irmã, o cunhado e o sobrinho moram em um bairro de classe média em uma casa funcional, cheia de tecnologias que "facilitam" as suas vidas. O longa discorre sobre a relação do personagem principal, recorrente em sua filmografia, junto ao pequeno sobrinho.<br />
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"Meu tio" trata-se de uma incrível crítica de Tati ao consumismo exagerado da sociedade em que vivia e que existe até os dias de hoje. A todo momento esse tipo de comportamento é ridicularizado pelo diretor, principalmente com suas piadas que pouco necessitam de diálogos para fazer rir. Na casa moderna da sua família, os produtos são personagens mais importantes que os seus habitantes. A irmã de Hulot, incansavelmente, mostra a casa as seus amigos e vizinhos, ligando o chafariz todo momento em que uma visita ameaça entrar na sua casa.<br />
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Para destacar o contraste entra vida simples do personagem e do restante da sua família, Tati trabalha com um aspecto visual e sonoro bastante interessante. Nas cenas do bairro rico, os tons cinzas e as formas geométricas tomam conta da imagética, enquanto nos passeios do Mr. Hulot pelas ruas do seu bairro simples, o marrom junto ao colorido transforma aquele lugar em um espaço bem mais confortável e bonito. Outro aspecto que acentua esse discurso é pelo fato da ausência de trilha sonora nas cenas da família em sua mansão, enquanto no outro espaço uma música alegre e bem francesa nos faz querer estar entre aquelas pessoas. Isso reflete o comportamento do sobrinho, que se identifica com o tio e repete o estilo de vida do mesmo, fato que parece ser o principal conflito do filme, já que a narrativa de Tati pouco se assemelha com a clássica.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_y5dqlUdv9uQK4izZYhd-NkZaeCMQHeen_VXlQiLDRoFzmqD9WFhfoYnOvaORZCH8GshFa_RFOOyZKwMG4GLBw2uqcryV2H-ZiJK2uJK1WOHSZ-U5G-shEoJEW-SAvb4N92rmde0hWwI/s1600/parada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_y5dqlUdv9uQK4izZYhd-NkZaeCMQHeen_VXlQiLDRoFzmqD9WFhfoYnOvaORZCH8GshFa_RFOOyZKwMG4GLBw2uqcryV2H-ZiJK2uJK1WOHSZ-U5G-shEoJEW-SAvb4N92rmde0hWwI/s640/parada.jpg" width="640" /></a></div>
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<b>Parada</b> é uma espécie de circo e teatro numa tela de cinema. Trata-se de várias esquetes de humor em que Tati e vários artista se revesam em um circo gravado. Variando cenas de bastidores com apresentações de dança, pintura, balé, acrobacia e tantas outras manifestações, Parade é um filme feito para televisão. Com a maioria dos seus planos abertos como se o olhar da câmera fosse o do público, o filme tenta nos convencer de que a participação da platéia, que ocorre a todo momento, é improvisada. Claramente não é. O filme parece ser documental, mas só uma criança poderia ser enganada assim, o que faz sentido, já que o filme também parece ser direcionado ao público infantil. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx1OZPhiT8Tbkk0tzuddEevwGtuHmpomVEx53hwfPguyQLUysQ5Ek8308rNS-J8bi9YY7IVzwj3LFmf-NR3MUrLy0ircqqqGNB_gqjfLLEC3WgM-xdrsWFvDqYL8YMlfx3CkDzm4SH-TE/s1600/playtime.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx1OZPhiT8Tbkk0tzuddEevwGtuHmpomVEx53hwfPguyQLUysQ5Ek8308rNS-J8bi9YY7IVzwj3LFmf-NR3MUrLy0ircqqqGNB_gqjfLLEC3WgM-xdrsWFvDqYL8YMlfx3CkDzm4SH-TE/s640/playtime.jpg" width="640" /></a></div>
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A ruína financeira de Jaqcques Tati, devido ao seu alto custeamento e demora na produção,<b> Playtime</b> é outro longa da filmografia do diretor com uma forte crítica social. Considerado por muitos como o seu melhor filme, o personagem Mr. Hulot volta nessa estória vagando pelas ruas de uma Paris simétrica, cinza e consumista. Apesar de ser um personagem que aparece a todo momento na narrativa, nesse filme, Tati parece descentralizar Hulot e abrir espaços para outros personagens que acabam se ligando de alguma forma e, às vezes, mais de uma vez durante o longa.<br />
<br />Os personagens mais interessantes nesse filme são os americanos, aqui temos um julgamento de valor de uma futilidade consumista idiota desse povo. Um grupo de mulheres que visitam a capital francesa e um empresário vindo dos Estados Unidos são os personagens mais ridículos que já vi. As mulheres visitam uma Paris que muito se assemelha a uma Nova York para comprar produtos do próprio país, essa situação ridícula parece ser uma aversão do próprio Tati ao concreto, ao cinza e ao consumo. Podemos comprovar essa afirmação quando vemos pedaços interessantes e simbólicos da cidade refletidos em vidros, aqui ele parece querer dizer: olha, isso é simples, é bonito e é legal!<br /><br />Outra situação interessante é quando Mr. Hulot visita um ex-companheiro de guerra. Aqui recordei de "Meu tio" quando a irmã do personagem mostrava a sua casa aos amigos. Nessa cena a situação se repete. O amigo de Hulot mostra a casa dele ao homem, clara crítica a ostentação que vê como valor humano bens de consumo. O diferencial entre a cena dos dois filmes, e que fez a cena de Playtime ser mais genial, é o fato do apartamento do ex-companheiro ter uma enorme tela de vidro que deixa visível as pessoas que passam pela rua a sua sala de estar. Esse toque da arte e de enquadramento, já que vemos a cena pelo lado de fora através desse vidro, me fez lembrar vários termos: Big brother, facebook, sociedade do espetáculo, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=hvrUTk1i0AA">The wall</a>...<br /><br />Enfim, a filmografia de Tati mostra-se interessantíssima e importante para os estudantes e amantes do cinema. Seu trabalho sonoro e visual contribui significativamente a sétima arte. Sua semelhança com Charles Chaplin não o faz menos original, pelo contrário. Temos aqui um diretor, ator, dançarino e político incrível.Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-67443070452259996292013-09-19T01:57:00.002-03:002015-04-07T00:30:48.076-03:00O Funk é o novo Punk?<div style="text-align: justify;">
Não sei se isso é <a href="http://www.youtube.com/watch?v=hTWKbfoikeg">juventude</a> ou é eterno. Essa inquietação, transformação e medo. Por vezes quero que termine, por outras que nunca acabe. Em boa parte da minha vida poucas coisas entendi, em outras sou leigo e de tantas prefiro o erro e, em consequência, a mudança. Porque ela é sempre bem vinda! Hoje, na minha verdade, a coisa ainda permanece preta, <u><a href="http://www.youtube.com/watch?v=WPEPj3wpSb0">Chico</a></u>! O<a href="http://www.youtube.com/watch?v=gfc0SCPlhGA"> Sistema</a> continua falido, mas o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Fi1sBwV1-tU"><u>prisma</u></a> sempre bate em alguém e esse alguém se expande. A formação ainda está em pé e contracultura ainda vive por mais que tenha mudado de posição.</div>
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O consumo dita o valor de cada individuo (Não é verdade absoluta é senso comum). A propaganda espalha aos quatro ventos os modelos de homem, mulher, criança, adolescente e idoso perfeito. Modelo atrelado a um bem de consumo, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=AqqBjal74Hk">consumindo</a> coisas que não precisamos e sacrificamos a vida para tê-las. As pessoas se padronizam e isso é o capital. E os grupos do século XX que bateram de frente com todo o sistema se reconfiguraram. A <span style="background-color: white;"><span style="color: #cc0000;">esquerda</span></span> se reorganizam junto com os neo <i><a href="http://www.youtube.com/watch?v=yqrAPOZxgzU">anarquistas</a>, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=cQImy7_6o50">punks</a> e <a href="http://www.youtube.com/watch?v=iJb7cBfrxbo">hippies</a></i>. O que permanece é um outro modelo de vida, alternativo ao imposto.</div>
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Mas há também quem mudou, não pelos antigos, mas pelo novo. Os velhos deram seus importantes passos, o que precisava era de mais pessoas para alongá-los, mesmo que contrariando os que começaram, mas eles acabaram recuando. Será que o recuo é algo natural do ser humano? <b>O rock acabou?</b></div>
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O que faz aquilo que sempre foi sinônimo de progresso ocupar o lugar que antes lhe reprimia? Se o rock chocava pelas suas roupas, pela sua linguagem corporal, comportamento e pelo som; se lutou pela liberdade sexual, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=W3rBvzlmCkg">individual</a> e coletiva, o que faz uma geração querer ser elite (intelectual ou financeira), pregar a boa música, julgar pela <a href="http://www.youtube.com/watch?v=zG3oERMnIXo">"moral" e os bons "costumes"</a>? Seria uma inversão dos papéis? Seria conservador ou progressista pedi que esse caráter permaneça intacto? <b>O </b><a href="http://www.youtube.com/watch?v=m4SW0AWPHAQ" style="font-weight: bold;">Funk</a><b> é o novo punk? </b>Mas a ostentação não é contrário do punk? <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Cz2iz6MEtLM">Deixa pra lá, eu devo tá viajando. Enquanto eu falo besteira, nego vai se matando!</a><i><br /></i></div>
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Comentário de autor desconhecido no facebook, nada de citação com credibilidade:<br />
<blockquote class="tr_bq">
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<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; white-space: pre-wrap;">Quando um grupo de pessoas não trata o sexo como tabu, além de ter orgulho do próprio corpo e se divertir com ele, aparece a classe média para chamar esse grupo de vulgar. Para a maior parte da classe média, "vulgar" é tudo aquilo que seja: ou cultura popular e afrobrasileira ou comportamento sexualmente livre, porém exacerbado, sobretudo se relativo à sexualidade feminina... É essa classe média que tenta impor sua visão moralista, historicamente baseada no cristianismo e assimilada mesmo entre os não-cristãos dessa classe, sobre sexo e sobre sexualidade... Não percebem que apenas estão fazendo tudo o que o capitalismo sempre quis: tirar a liberdade das pessoas (sobretudo mulheres) sobre o próprio corpo. Por mim, as adolescentes que se divirtam!</span></div>
</blockquote>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-31521080596178820862013-04-26T18:59:00.000-03:002013-08-21T00:58:18.152-03:00As 10 melhores sériesParta da ideia de que a verdade não existe e que essa lista é meramente o gosto pessoal, o ponto de vista e a visão de mundo do blogueiro que aqui escreve, que por sinal, vive em constante processo de mudança intelectual e cultural. Em segundo lugar, tente entender que uma lista desse tipo sempre será mutável, afinal o novo sempre vem e o velho está aí para ser descoberto. É por esse entendimento que ao longo do tempo, ao assistir mais algumas séries, modificações serão obrigatórias nessa postagem. O terceiro ponto a ser esclarecido é que no meu entendimento, animações infanto-juvenis e animes não se encaixam no termo série (não que eu não goste, pelo contrário, adoro!). As únicas animações incluídas nessa lista serão as de humor e com conteúdo mais adulto. O quarto e o último tópico de esclarecimento é sobre o local de origem da produção, que não será de relevância alguma, pois qualquer série de qualquer lugar do mundo pode estar presente na lista, mas, logicamente, as produções norte-americanas serão maioria, afinal o país mantém um número maior de séries audiovisuais em comparação com outros lugares do mundo.<br />
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<i>P.S. O posicionamento das séries estará de acordo com a preferência do autor, da décima a primeira posição.</i> Eis:<br />
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<b>10 - Skins</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcBlqW-5DygxLea5A1QLCIzC4hvWDf_bkQLHP_WJuxuNaqOCsSAs0f7Ck9NfwvuUiUAqW3YsIIbqFxQNVvACvC_Hcr1vM3r3gBvcxFcdqsi5sSJf7BWj-qwcyBLFSRC1V45wHVDN5aXdc/s1600/Skins.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcBlqW-5DygxLea5A1QLCIzC4hvWDf_bkQLHP_WJuxuNaqOCsSAs0f7Ck9NfwvuUiUAqW3YsIIbqFxQNVvACvC_Hcr1vM3r3gBvcxFcdqsi5sSJf7BWj-qwcyBLFSRC1V45wHVDN5aXdc/s1600/Skins.jpg" /></a><br />
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Na verdade, <b>Skins</b> tem tudo o que eu gosto de ver na tela. Um drama que envolve adolescentes, sexo, drogas e tragédias, embalados pela melancolia e sotaque inglês. Trata-se de um série de seis temporadas, que possivelmente pode ter sua conclusão ainda este ano em dois telefilmes. A série tem como foco o dia a dia de adolescentes da cidade de Bristol, personagens este que se mantém a cada duas temporadas. Ou seja, nas seis temporadas, a série reuniu três diferentes gerações. Apesar do exagero em retratar temas polêmicos como sexualidade, aborto e tantos outros assuntos, a produção se afasta totalmente da superficialidade de uma <i>Malhação</i>, que considero uma das piores retratações da juventude no mundo.<br />
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<b>9 - True Blood</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhioFZtv2vUZGBDPGkUu4mGaTkIHe2jEu0hyphenhypheneyrk0GR3vp-sVNTtu3NsUmqaEH4lz0skidaOV9jxoYtKjYgFo7cgymD6S4ow9Vg4TQvQ70kT7lPusVb5y9jodZHxOFPhVKgYI7-f-yp7Xc/s1600/TB.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhioFZtv2vUZGBDPGkUu4mGaTkIHe2jEu0hyphenhypheneyrk0GR3vp-sVNTtu3NsUmqaEH4lz0skidaOV9jxoYtKjYgFo7cgymD6S4ow9Vg4TQvQ70kT7lPusVb5y9jodZHxOFPhVKgYI7-f-yp7Xc/s1600/TB.jpg" /></a></div>
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True Blood foi um dos tantos produtos que foram nos apresentados a partir da moda vampiresca dos últimos anos, mas com um grande diferencial: a<b> HBO</b>. A série reúne tudo que um fã de vampiros pode querer: sexo, violência, sangue e ação. Com boas doses <i>Trashs</i> e sensuais, <b>True Blood</b> é uma das melhores produções vampirescas dos últimos tempos. Além, é claro, de fazer uma ótima metáfora sobre preconceitos e religião.</div>
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<b>8 - Chaves</b></div>
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Clássico! Incrível o poder de manutenção desse seriado, parece que não envelhece nunca. Há quase 30 anos sendo exibido no Brasil, a serie é ainda um sucesso absoluto, mantendo bons índices de audiência e sendo o coringa da programação de Silvio Santos. A cultura pop brasileira tem o seu mais forte ícone um personagem do seriado, o <i>Seu Madruga</i> batendo de frente com o tão popular <i>Mussum</i>. </div>
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<b>7 - The Big Bang Theory</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBpW7bpHXyAMP2kN96kCS_g3-2N43MRDmLX2B5gjuZc9WG0tAtsM-85LLHLysEEhYD91Xq4IdMJ4niz68uEsoHSfTOmE4RPGFpCR9ovPwsqgUk5ezEc5sGYrdXZOlt0m_rV5Jjnt5JYfw/s1600/TBBT.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBpW7bpHXyAMP2kN96kCS_g3-2N43MRDmLX2B5gjuZc9WG0tAtsM-85LLHLysEEhYD91Xq4IdMJ4niz68uEsoHSfTOmE4RPGFpCR9ovPwsqgUk5ezEc5sGYrdXZOlt0m_rV5Jjnt5JYfw/s1600/TBBT.jpg" /></a></div>
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Além do ótimo texto de <i>Chuck Lorry</i>,<b> The Big Bang Theory</b> é um seriado com piadas das melhores referencias possíveis: o mundo nerd. Todos os personagens são interessantes, mas é importante salientar o talento de alguns. O protagonista <i>Sheldon</i> e a ótima interpretação do ator <i>Jim Parsons</i> e a encarnação de <i>Raj</i> pelo <i>Kunal Nayyar</i>.<br />
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<b>6 - The Walking Dead</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLn7UrpI03Tkl9n0brbzHNcGlcaA0PhnkHEgLALhumF821QqAVkhOrmwhe_3abMJJe3ATvimeNz9gEs4uNzemxfHWWOioKyg2Od4exG4IIHGQmSvyG8UaPIiqxc5G_j7Y5qLEwRI_2Ip0/s1600/TWD.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLn7UrpI03Tkl9n0brbzHNcGlcaA0PhnkHEgLALhumF821QqAVkhOrmwhe_3abMJJe3ATvimeNz9gEs4uNzemxfHWWOioKyg2Od4exG4IIHGQmSvyG8UaPIiqxc5G_j7Y5qLEwRI_2Ip0/s1600/TWD.jpg" /></a></div>
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Não é só porque zumbis correndo atrás de pessoas seja divertido, <b>The Walking Dead </b>tem mais. Além das ótimas cenas recheadas de adrenalina, o seriado tem sacadas muito interessantes em seu roteiro. Apesar do baixo rendimento no começo da segunda temporada, a estória do apocalipse zumbi tem rendido pontos de viradas surpreendentes e cenas de ação de alto nível.<br />
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<b>5 - South Park</b></div>
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<b>South Park</b> é uma anarquia de humor. Não há perdão, todo e qualquer pessoa pode ser alvo dos personagens. Um seriado que não pode ser levado a serio devida a sua alta contradição. Ao mesmo tempo que a animação mostra-se politica e crítica, mostra-se também preconceituosa e idiota. A verdade é que South Park é feito para incomodar todos, nisso não há preconceitos, e fazer rir, nisso não há dúvidas.</div>
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<b>4 - Alice</b></div>
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Eis a única série brasileira na lista. Infelizmente não há tantas produções brasileiras desse estilo, a Globo e sua estética não conseguiram me agradar em nenhuma criação, apesar de eu sentir uma enorme curiosidade com <i>Capitu</i> (Luiz Fernando Carvalho, 2008). Já com a <b>HBO</b> é outa história, segundo o boca a boca da internet, as séries do canal tem boa repercussão e mantem uma qualidade de bom nível, como é o caso de <b>Alice</b>. Com a recente <a href="http://www.ancine.gov.br/lei-da-tv-paga">lei da TV paga</a>, a tendencia é que a produção aumente e mais séries de qualidade estejam presentes na produção nacional, as emissoras já estão investindo. </div>
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<b>3 - Friends</b></div>
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Além do ótimo texto, que é o alicerce de qualquer sitcom, <b>Friends</b> tem uma mistica envolvente. As relações humanas são a principal temática do seriado, que narra o cotidiano de seis jovens adultos e suas vidas pessoais, profissionais e amorosas. Cumpre a pretensão de ser engraçado e avança na construção dos personagens e nas investidas dramáticas sobre o amor e a amizade que recheiam a narrativa. Uma última qualidade que prova o diferencial e qualidade da série é a capacidade do produto em causar identificação do público, característica que deposita veracidade a qualquer produto audiovisual.</div>
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<b>2 - Breaking Bad</b></div>
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Puta texto! Não há outra forma de dizer o quanto o roteiro de <b>Breaking Bad</b> é sensacional. A começar pelo primeiro episódio, que ao meu ver, é o melhor premiere que existe. Não só o roteiro como direção é perfeita, na verdade, todas as questões técnicas da série são mais que satisfatórias. Fotografia, direção de arte e produção se unem a uma direção sensacional, com enquadramentos bem elaborados, movimentos de câmera impressionantes e manutenção de uma tensão que começa no primeiro episódio e que se terminará no final da série, que se junta ainda com um roteiro bem elaborado, amarrado, com bons ganchos e finais impressionantes. </div>
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<b>1 - Game of Thrones</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIYVpSWGaAwjIwGjYbqss2JZJDJiFXLbN3BOfA3XEVRRdN50GtrgS7ABRI3K_DEaL_Zq8DphzD1-WxTQISDcloDqHWMs7XR9L3_HyfMtXYC9HZAXGBWAhrKJ_uoxHdyM-cKvvg2ld99Q/s1600/GOT.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIYVpSWGaAwjIwGjYbqss2JZJDJiFXLbN3BOfA3XEVRRdN50GtrgS7ABRI3K_DEaL_Zq8DphzD1-WxTQISDcloDqHWMs7XR9L3_HyfMtXYC9HZAXGBWAhrKJ_uoxHdyM-cKvvg2ld99Q/s1600/GOT.jpg" /></a></div>
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George Martin mostrou ser o melhor contador de estórias com a série de livros <i>As crônicas de Gelo e Fogo</i>. Quando a <b>HBO</b> somou forças ao velhinho, não poderíamos esperar nada menos que <b>Game of Thrones</b>. A série mantem uma fidelidade razoável com os livros, mas a sua adaptação mostra-se eficiente e madura trazendo expectativa aos fãs que já leram, além de dar um ótimo aspecto visual a estória.<br />
<br />
Ainda preciso ver muitas séries para que essa lista não seja drasticamente mudada, o meu mundo seriado ainda é pequeno, mas pretendo assistir ao máximo que puder. A vida é muito curta para tanto filme, tanto livro, tanta música e tantos seriados, mas farei o meu melhor. Enfim, nos próximos meses as seguintes series serão analisadas: <i>Black Mirror, Anos incríveis, Capitu, Vikings, The following, Sherlock, Star Trek, Dexter, The Borgias, The Tudors, Family Guy, Roma, Boardwalk Empire, Band of Brothers, The Pacific, The Sopranos e The Newsroom.</i><br />
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<b>INDIQUEM AS SUAS SÉRIES FAVORITAS!</b></div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-47349901903492942342012-12-30T15:05:00.000-02:002013-01-03T00:51:45.194-02:00A Árvore da Vida (2011)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIWKZ20bnSUi_tcwnwfzU4ndsJzTBMpXmF3azBxkmQWguaa2iyXCz-vGwKnrPG1xy8-2Qfwx3LZfstoNm6_CUw-WViPUAE1-fgbbim1FFfbqI8e0mHusyEaqPXivC2Lt8JXIHmd74_vu8/s1600/AAV.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIWKZ20bnSUi_tcwnwfzU4ndsJzTBMpXmF3azBxkmQWguaa2iyXCz-vGwKnrPG1xy8-2Qfwx3LZfstoNm6_CUw-WViPUAE1-fgbbim1FFfbqI8e0mHusyEaqPXivC2Lt8JXIHmd74_vu8/s640/AAV.jpg" width="640" /></a><br />
É uma imensa responsabilidade falar de <b><i><span style="color: purple;">A Árvore da Vida</span></i></b>, mas, ao mesmo tempo, uma reflexão obrigatória para todos os que tiveram oportunidade de assisti-lo. O filme de 2011 de <i><b>Terrence Malick</b></i> divide opiniões. Parece não existir meio termo, há os que acham um filme chato e metido a intelectual e os que o reconhecem como uma das grandes obras dos últimos tempos. Eu fico no segundo grupo. Não, eu não sou superior a ninguém por ter amado o longa, nem tampouco um metido a intelectual, se assim definem uns aos outros, alguns membros do time do ódio e do time do amor ao filme.<br />
<br />
Cinema não é só entretenimento, acima de tudo é uma arte e é um grande engano ir ao cinema pra vê apenas o que gosta. Por exemplo, <i>As vantagens de ser invisível</i> é um tipo de coisa que eu gosto de ver, já <i>Violência Gratuita</i> é o contrario, mas não posso deixar de reconhecer que o segundo filme é melhor e mais importante do que o primeiro. É essencial se desprender do egoísmo do gosto para analisar bem uma obra artística.<br />
<br />
As pessoas que não entenderam, em todos os sentidos, o filme (e é compreensível), em sua grande maioria, são pessoas providas de uma inocência cinematográfica ou de um vício hollywoodiano e até de uma visão crítica sobre esse tipo de estética. Mas o que mais incomoda nas críticas negativas é o argumento de que o filme não tem estória. Em primeiro lugar, cinema não precisa contar estorinhas com começo, meio e fim. <b>Glauber Rocha</b>, um dos diretores brasileiros mais reconhecidos mundo a fora, não concentrava os seus filmes diante uma narrativa clássica, e sim na sequência de imagens que montavam alegorias para sua crítica social. Em segundo lugar, apesar da abordagem filosófica, o filme conta sim e claramente uma estória. Na verdade, uma estória bem mais próxima do real do que a maioria dos filmes por aí.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcNt-0Pttukim_IPwx2Lr2M8bwnTW4ycatSv4GthDFg_QPv3k9_f6Bdr9eURV-PKgi6UtyTo1Sz4s3P8GOtEr153hR7x_h290o6QRhWKOwgovWUKVxjgUUerrBfm6LQdBCKaoKrank_YA/s1600/AAV2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcNt-0Pttukim_IPwx2Lr2M8bwnTW4ycatSv4GthDFg_QPv3k9_f6Bdr9eURV-PKgi6UtyTo1Sz4s3P8GOtEr153hR7x_h290o6QRhWKOwgovWUKVxjgUUerrBfm6LQdBCKaoKrank_YA/s640/AAV2.jpg" width="640" /></a>O roteiro do filme começa em um futuro onde os pais da família central da estória recebem a notícia do falecimento de um dos filhos. A partir daí e depois de uma longa cena de sofrimento dos personagens, o filme divaga em imagens da natureza e do universo, depois vai ainda mais longe ao tempo cronológico e chega a outro filho em sua fase adulta ainda sofrendo com a morte do irmão. Depois o filme volta à infância dos filhos e a vida da família em conjunto, todos os seus problemas e felicidades.<br />
<br />
A Árvore da Vida é um filme diferente para cada pessoa. Lembrou-me muito <i>2001, uma odisseia no espaço</i>, do<b> Kubrick</b>, que em determinada entrevista sobre o filme de 68, questionado sobre a interpretação do longa, ele falou que o seu filme servia para abrir questões e não solucioná-las. Descrição esta que se encaixa muito bem para o filme em discussão.<br />
<br />
Na minha visão, o longa se baseou no questionamento da nossa existência no mundo, sobre a teoria da criação do universo por Deus e da teoria do evolucionismo proposto por Darwin, do relacionamento entre os seres humanos, sobre os sentimentos de amor e ódio e o complexo que é ser um ser racional e não saber de quase nada sobre o que gente realmente é, se realmente somos alguma coisa.<br />
<br />
Apesar das inúmeras críticas considerando o filme como um pró-criacionista, no meu entendimento, tendo a ideia de que a obra é única para cada individuo, o longa se mostrou muito mais aberto ao questionamento. Não posso deixar de dizer que o filme abala o ateísmo, mas não por mostrar uma verdade absoluta e sim por abrir questionamentos. Um ponto interessante é a relação do filho, personagem principal, com o seu pai, que metaforicamente pode representar o ser humano e a relação conflituosa com uma divindade. Além dessa situação temos ainda vários outras relações entre a família que representam metáforas existenciais muito interessantes.<br />
<br />
Esse filme teve forte impacto na minha vida, falo filosoficamente, esteticamente e artisticamente. Me fez ficar madrugadas sem consegui dormir, pensando sobre o que é arte e sobre o que é vida. Mesmo assim, a obra, não fez eu me esclarecer nessa neblina que é o ser humano. Eu ainda continuo no escuro e sendo um humano ignorante, mas agora, talvez, mais questionador. Vale muito a pena ser assistido!<br />
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Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-2391953570255393032012-12-09T17:53:00.000-02:002012-12-09T18:22:14.996-02:00Uma relevante discussão sobre o humorContinuo não achando maldade nas piadas "preconceituosas", mas, hoje, enxergo um certo egoísmo vindo da minha parte. Convivi em meio a esquerda, me interessei pelo Feminismo e tantos outros grupos que defendem a minoria no Brasil, sou educado e tenho fácil acesso aos instrumentos de comunicação, sou muito bem informado. No meu meio poucos são os que se importam com os direitos das mulheres, dos gays e dos negros, por exemplo. Quando vejo uma piada preconceituosa, considero apenas uma piada. Mas isso sou eu.<br />
<br />
Uma piada pode sim reforçar um preconceito e muitos "humoristas" podem ser preconceituosos. Quando não me importo com esse tipo de piada, falo apenas de mim, mas e o resto das pessoas? Muitas delas contam piadas sobre mulheres e negros pra reforçar seu argumento de superioridade. E isso acontece muito.<br />
Mas também não podemos considerar a piada o principal inimigo da discurso de liberdade e igualdade. O principal inimigo está nos discursos sérios vindo de pais machistas, de lideres religiosos homofóbicos e de classe média "sofredora" desse país. Ah... e como a gente convive com essas pessoas! Encontramos na nossa família, na nossa televisão e em meio aos nossos amigos.<br />
<br />
É comum, e desprezo esse brincadeira, de chamar os amigos de viado, quando algum deles fazem alguma coisa que vai de contra a normalidade do grupo. É comum também chamar de putas todas as garotas que se libertem sexualmente e isso é muito triste! Na real, as nossas escolhas como individuo para individuo, deveriam ser classificadas de acordo com a identificação, a partir dos discursos, das escolhas e do estilo de vida.<br />
<br />
Você pode ser o que quiser, ver o que quiser, gostar do que quiser, você só não pode ser, e isso é paradóxico, uma coisa que impeça o outro de ser, ver e querer. É muito fácil para galera do orgulho Hétero, dos grupos de homens e para os brancos considerar as lutas e os militantes dessas causas como idiotas. Não são eles que sofrem pelo fato de serem apenas alguma coisa. E aos que acham que o preconceito já não existe, eis um grande engano: "Uma em cada cinco mulheres já sofreu violência de parte de um homem, em 80% dos casos o seu próprio parceiro. Em 2011, o ABC paulista teve um estupro (reportado!) por dia." (...) "A probabilidade de ser vítima de homicídio é 12 vezes maior para adolescentes homens e, dentro desse grupo, quatro vezes maior para jovens negros. De cada três jovens assassinados, dois são negros. A população negra teve 73% de vítimas de homicídio a mais do que a população branca." (...) " só nos primeiros dois meses de 2012, foram 80 assassinatos confirmados. Mantido esse padrão, teremos 500 homossexuais assassinados até o final de 2012. Nenhum país do mundo mata tantos homossexuais quanto o Brasil."<br />
<br />
E para os que acham que esses dados são um monte de baboseira e que os home<span style="font-family: inherit;">ns, brancos e os héteros também sofrem com a violência (e realmente sofrem), é bom lembrar que os casos citados</span> acima foram causados por preconceituosos sexuais, pela deficiência social e pelo machismo.<br />
<br />
P.S. A contra-cultura sempre foi de contra os preconceitos, então você que é jovem, fique ligado, os movimentos culturais sempre foram e sempre serão politizados, sempre questionaram a "moral e os bons costumes". A arte, no geral, é um mistura de manifestação artística, corporal e social. Envolva-se na arte, completamente, outro mundo surgirá!<br />
<br />
P.S. 2 Fica o vídeo para a discussão nos limites do humor. Escute ambos os lados, PENSE e tire suas conclusões.<br />
<br />
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<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/PRQ1LuBWoLg" width="640"></iframe> </div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-91738059800621985702012-10-27T00:29:00.000-02:002012-10-27T00:29:15.267-02:00É proibido proibir!<span style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica neue, helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px;">Famoso discurso de Caetano em um festival televisivo de música popular brasileira em 1968. Vindo de um histórico onde pessoas saíram revoltados as ruas contra a guitarra elétrica, ainda não entende-se nada, em determinados sentidos, algumas coisas mudaram, outras permaneceram iguais. O discurso é o mesmo de ambos os lados, os velhos e bundões permanecem com o antigo, já outro lado tenta mostrar que o novo sempre vem. Viva o novo!</span></span></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_uG4WUw1tu-KTFnh_XYT2loIX_keGcRUG1l-WvCeZ6SJ81MBKHGKY4KahzzXoLUPeSg4BWB1IB-me-HYCD6W2Qi-m_bwqrXrcUDz0zdU4yrfu7DZUSD2pF66Q91dXVTtMWG1VSUfE14c/s1600/17ae20fad681c808234e9ab50ef37022_w369_h250.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_uG4WUw1tu-KTFnh_XYT2loIX_keGcRUG1l-WvCeZ6SJ81MBKHGKY4KahzzXoLUPeSg4BWB1IB-me-HYCD6W2Qi-m_bwqrXrcUDz0zdU4yrfu7DZUSD2pF66Q91dXVTtMWG1VSUfE14c/s1600/17ae20fad681c808234e9ab50ef37022_w369_h250.jpg" /></a></div>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;">"<i>Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? Vocês têm coragem de aplaudir, este ano, uma música, um tipo de música que vocês não teriam coragem de aplaudir no ano passado! São a mesma juventude que vão sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem! Vocês não estão entendendo nada, nada, nada, absolutamente nada. Hoje não tem Fernando Pessoa. Eu hoje vim dizer aqui, que quem teve coragem de assumir a estrutura de festival, não com o medo que o senhor Chico de Assis pediu, mas com a coragem, quem teve essa coragem de assumir essa estrutura e fazê‑la explodir foi Gilberto Gil e fui eu. Não foi ninguém, foi Gilberto Gil e fui eu! Vocês estão por fora! Vocês não dão pra entender. Mas que juventude é essa? Que juventude é essa? Vocês jamais conterão ninguém. Vocês são iguais sabem a quem? São iguais sabem a quem? Tem som no microfone? Vocês são iguais sabem a quem? Àqueles que foram na </i></span><i><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">Roda Viva</span><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;"> e espancaram os atores! Vocês não diferem em nada deles, vocês não diferem em nada. E por falar nisso, viva Cacilda Becker! Viva Cacilda Becker! Eu tinha me comprometido a dar esse viva aqui, não tem nada a ver com vocês. O problema é o seguinte: vocês estão querendo policiar a música brasileira. O Maranhão apresentou, este ano, uma música com arranjo de charleston. Sabem o que foi? Foi a </span><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">Gabriela</span><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;"> do ano passado, que ele não teve coragem de, no ano passado, apresentar por ser americana. Mas eu e Gil já abrimos o caminho. O que é que vocês querem? Eu vim aqui para acabar com isso! Eu quero dizer ao júri: me desclassifique. Eu não tenho nada a ver com isso. Nada a ver com isso. Gilberto Gil. Gilberto Gil está comigo, para nós acabarmos com o festival e com toda a imbecilidade que reina no Brasil. Acabar com tudo isso de uma vez. Nós só entramos no festival pra isso. Não é Gil? Não fingimos. Não fingimos aqui que desconhecemos o que seja festival, não. Ninguém nunca me ouviu falar assim. Entendeu? Eu só queria dizer isso, baby. Sabe como é? Nós, eu e ele, tivemos coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas. E vocês? Se vocês forem… se vocês, em política, forem como são em estética, estamos feitos! Me desclassifiquem junto com o Gil! junto com ele, tá entendendo? E quanto a vocês… O júri é muito simpático, mas é incompetente. Deus está solto! Fora do tom, sem melodia. Como é júri? Não acertaram? Qualificaram a melodia de Gilberto Gil? Ficaram por fora. Gil fundiu a cuca de vocês, hein? É assim que eu quero ver.</span></i><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;"><i>Chega!</i>"</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: 'helvetica neue', helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;"><br /></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica neue, helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px;"><div align="center">
</div>
</span></span><span style="background-color: white;"><span style="font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica neue, helvetica, arial, sans-serif;"><iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Od_4eaH3J7A" width="560"></iframe></span></span></span><span style="font-family: helvetica neue, helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 17.33333396911621px;"></span></span></div>
Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-36704172356422987952012-10-26T23:36:00.002-02:002012-10-27T00:29:33.751-02:00Clube da Luta - Chuck PalahniukFaz um tempo que vi <i>Clube da Luta,</i> o filme de David Fincher. Não negarei que, a primeira vista, achei um nada demais. Se bem que, naquele tempo, eu era extremamente inocente cinematograficamente. Verei novamente. Sei que minha opinião vai mudar bastante, levando em conta que <i>Clube da Luta</i>, o livro, é um espetáculo literário.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs8pBZCp3gsZxn9b25HP1YqhJFrjNlu_QBwOgSQLWTIlxq-CPLX40IsGnHwxboy1oNmiwXJjkc54qbLxFTnzOdTPthp1RBYjSE0MVdaj8kcRn6Sl8mpcVIMAIKHj3wSDsTlGwe_ukrzLw/s1600/clube.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs8pBZCp3gsZxn9b25HP1YqhJFrjNlu_QBwOgSQLWTIlxq-CPLX40IsGnHwxboy1oNmiwXJjkc54qbLxFTnzOdTPthp1RBYjSE0MVdaj8kcRn6Sl8mpcVIMAIKHj3wSDsTlGwe_ukrzLw/s640/clube.jpg" width="424" /></a></div>
A obra é a anarquia em forma de literatura. Toda pessoa que tem interesse neste assunto deveria ler o livro. Não que ele vai explicar, didaticamente, o que é a anarquia, e sim nos oferecer um ponto de vista de um personagem revoltado com a sociedade, que cria duas organizações secretas: Clube da luta e Projeto Desordem e Destruição, para tentar transformar a sociedade em algo melhor. É aquele ideia do rastafári de destruir a Babilônia (estrutura social, o mundo em si, a sociedade) para construir tudo do começo.<br />
<br />
O primeiro grupo, de mesmo nome do livro, o Clube da Luta, na verdade, soa mais como um um refúgio para homens depressivos, frustrados com a sua vida e irados com o com o atual modelo de sociedade, com a mídia e as suas propagandas mentirosas que fazem as pessoas acreditarem que suas vidas podem melhorar se comprar determinado produto. Isso já faz com que a maioria das pessoas se identifiquem, afinal, esse tipo de frustração é constante na maioria dos seres humanos modernos.<br />
<br />
Já o segundo grupo, o Desordem e Destruição, esse sim dita todo o tom anárquico da obra. Esse grupo, dedica-se, excepcionalmente, a destruição da sociedade para um novo recomeço, através de ataques a grandes empresas comerciais e outros tipos de movimentos que visam, mesmo sendo violentos, uma certa justiça social.<br />
<br />
Em termos de narrativa, o livro não deixa a desejar. Cada Capítulo é como se fosse uma crônica não linear, misturada com as loucuras e pensamentos do personagem principal. A história é muito interessante e o final surpreendente, o mesmo do filme, que a maioria das pessoas conhecem. Sobre esse final surpreendente, e que a maioria devem saber do que eu estou falando, se assistiu o filme, posso dizer que pareceu bem mais claro a questão do personagem principal e de Tyler Durden, não sei se o fato de eu já saber o que iria acontecer influenciou nessa meu ponto, mas pareceu muito mais claro.<br />
<br />
Enfim, se pegarem a nova edição do livro, vocês encontrarão um posfacio super interessante, escrito pelo próprio autor, sobre a repercussão do livro após o filme, que me deixou muito irritado com as pessoas que saem nas ruas com a camisa do Clube da luta. Não pelo fato da primeira regra do Clube da luta ser sobre não falar sobre o Clube da luta, pelo menos não literalmente, e sim pelo sentido filosófico dentro do contexto da história.Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-80024068267831365542012-10-15T17:49:00.000-03:002012-10-15T17:49:31.852-03:00Dois curtas do Spike Jonze<b><span style="color: purple;">Spike Jonze</span></b> é, simplesmente, divino. Ás vezes, fico pensando o quanto é difícil ser original, se a cada vez mais, tudo está sendo feito. O Spike não é só original, como também, é um grande nome do cinema mundial. Desde seus clipes de bandas indies, até os longas <i>Quero ser John Malkovich, Adaptação </i>e <i>Onde vivem os monstros, </i>ele vem mostrando o seu enorme talento. <div>
<br /></div>
<div>
Com seus roteiros melancólicos e, aparentemente, inocentes; personagens, psicologicamente, bem elaborados e a sua fotografia triste, as obras de Spike Jonze marcam por seu tom poético, politizado e filosófico. </div>
<div>
<br /></div>
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Os dois curtas a seguir são <i><b><span style="color: purple;">Estou aqui</span></b></i>, uma obra que fala sobre sentimentos e diferenças dos seres humanos e <i><span style="color: purple;"><b>Scenes from the suburb</b>s</span>, </i>que em parceiria com a banda <span style="color: purple; font-weight: bold;">Arcade Fire</span>, produziu uma extensão do clipe da música The Suburbs, do último álbum da banda. Em ambos os curtas, já ouvi diversos tipos de interpretações que fogem do sentimentalismo escrachado das duas obras. Spike Jonze não é só poesia, há muito mais, implicitamente, em tudo que ele faz.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/jP9Nz1YzPQk" width="560"></iframe></div>
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<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" mozallowfullscreen="mozallowfullscreen" src="http://player.vimeo.com/video/34709733?title=1&byline=1&portrait=1" webkitallowfullscreen="webkitallowfullscreen" width="560"></iframe> <a href="http://vimeo.com/34709733"></a></div>
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Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-79516948367150775182012-08-16T17:46:00.000-03:002012-08-16T20:51:19.890-03:00Precisamos falar sobre Kevin (2011)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAvZTWvWBiCGAVbLiFcAa4omU9IYEMb0i6jgRXOrTwxyQmCsFDsEZCo7fD234HxLitx_wcw0diRybG8fvkaqmIAWlE8OhEyTZXbbfxHS2e1UTyOCEbPB-XxaPnz3IRU0x-DIbtvt51Jcg/s1600/Kevin.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAvZTWvWBiCGAVbLiFcAa4omU9IYEMb0i6jgRXOrTwxyQmCsFDsEZCo7fD234HxLitx_wcw0diRybG8fvkaqmIAWlE8OhEyTZXbbfxHS2e1UTyOCEbPB-XxaPnz3IRU0x-DIbtvt51Jcg/s640/Kevin.jpg" width="640" /></a></div>
Não sou psicólogo para dizer exatamente o que é um <b>psicopata</b>. Já li alguns texto e futuramente pretendo ler um livro que fala sobre o assunto. Mas, tentando ser o mais simplista possível, tentarei explicar o que é isso. Antigamente, no meu esteriótipo mundinho infantil, eu pensava que os psicopatas eram pessoas loucas que saiam matando todo mundo. Não é bem assim. A psicopatia é um especie de diferença mental na qual o individuo é caracterizado pela ausência de sentimentos e pelo grave desvio de caráter, devido a falta de remorso e culpa, a frieza e a insensibilidade aos sentimentos alheios.<br />
<br />
Em <b><span style="color: purple;">“Precisamos falar sobre Kevin”</span></b>, baseado no livro homônimo, na qual a capa é a foto de um garoto com cabeça de bicho (<a href="http://baixelivrobrasil.files.wordpress.com/2010/06/precisamos-falar-sobre-kevin-capa.jpg">clique aqui para ver a imagem</a>), o que já adianta um pouco sobre a história, vemos o processo de crescimento de <i><b>Kevin</b></i>, um garoto com fortes traços de psicopatia. Toda a história é contada pelo ponto de vista de <b><i>Eva</i></b>, mãe do garoto, que percebe desde muito cedo o comportamento diferente do filho.<br />
<br />
Desde muito pequeno, nós percebemos aspectos desse problema na personalidade do garoto, ele é extremamente inteligente, irritante, cruel, manipulador, sem remorso e mentiroso. Quando muito pequeno costumava se recursar a brincar com a mãe e demora muito tempo para começar a falar. Já um pouco maior, por volta dos 8 anos, ainda usava fralda e costumava fazer bagunça com a comida, tudo isso apenas para irritar a sua mãe. Como no caso em que, depois de um longo dia de trabalho dela, decorando o seu quarto, o garoto, em questão de segundos, destrói todo o trabalho feito. Já jovem mata o bicho de estimação da irmã e depois de ser pego pela mãe se masturbando continua a fazer encarando-a. Isso é tudo muito perturbador. Parece que há um certo tipo de obsessão do garoto pela mãe, ele tenta, ao máximo, fazê-la infeliz. Ao contrario do pai, na qual o seu comportamento era totalmente diferente, levando a um certo tipo de manipulação dele para que o pai não perceba a sua crueldade e por isso ponha ele contra a mãe.<br />
<br />
Em determinada cena mostra-se o pai e o filho jogando vídeo game. Mesmo não se aprofundando no assunto, o filme abre uma discussão. Muitas pessoas acreditam que filmes e jogos violentos influenciam na personalidade das crianças e a torna-as cruéis. Eu discordo totalmente. A minha geração, por exemplo, foi criada consumindo produtos considerados violentos e eu não conheço nenhum amigo meu que foi influenciado por isso. É porque, normalmente, a mídia tenta justificar acidentes como o da estreia de Batman nos <span style="color: blue;">E</span><span style="color: #cc0000;">U</span><span style="color: blue;">A</span>, culpando os grandes produtos da cultura pop. Esse tipo de coisa não faz sentido, até porque o atirador do cinema com certeza tem algum tipo de problema, podendo ser até um psicopata. Na verdade, pelo contrário, esses tipos de produtos são positivos, pois ajudam as pessoas a diferenciar a realidade da ficção e do que é certo e o que é errado.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRkpCjJFGEmxccmy7tfE4XR8h1aatsmqsp9RbIjmyh3hCKum8PlKInYe1oYxNJjlOiTrMOXq2D12SZAenV6S34lA75nOSHhYcGMPmYOYfQfqklr0KErquJMhIM2CMCMGg4PYAOCsYLR5g/s1600/Kevin2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRkpCjJFGEmxccmy7tfE4XR8h1aatsmqsp9RbIjmyh3hCKum8PlKInYe1oYxNJjlOiTrMOXq2D12SZAenV6S34lA75nOSHhYcGMPmYOYfQfqklr0KErquJMhIM2CMCMGg4PYAOCsYLR5g/s640/Kevin2.jpg" width="640" /></a>Devemos elogiar totalmente o trabalho da direção do filme, é simplesmente espetacular. Como o uso do <span style="color: #990000;">vermelho</span> em cena, por exemplo. Pra começar o filme começa com muito <span style="color: #990000;">vermelho</span>, na qual a personagem Eva esta no meio de um evento conhecido como<i> Tomatina</i>, uma guerra de tomates que acontece na Espanha. Esta cor está sempre relacionada com o sofrimento da personagem e as suas sequelas pós-tragédia. Uma dica disso é no começo do filme, na pressa em pegar o elevador. o botão é <span style="color: #990000;">vermelho</span>. Ou seja, o <span style="color: #990000;">vermelho</span> é algo que a prende ao passado na qual ela tenta se limpar, tanto do corpo, depois da Tomatina, tanto da casa que aparece certo dia suja dessa cor na entrada.<br />
<br />
Outra parte espetacular do filme é a cena em que Kevin sai do ginásio após a tragédia. Neste momento entra um áudio de pessoas aplaudindo e gritando por ele, como se fosse um show na qual ele é o espetáculo. Áudio esse que não tem nada haver com a reação das pessoas fora do ginásio. Isso resume o sentimento do personagem de chamar atenção e fazer a mãe sofrer novamente, mas também pode soar como uma crítica a sociedade. Como no termo <i>A Sociedade do Espetáculo</i>, na qual uma grande maioria das pessoas constroem uma imagem de vida feliz e de politicamente correta para se mostrar para as outras pessoas, numa tentativa de ser aceito.<br />
<br />
Outra coisa bastante interessante é essa incessante procura por culpado que a sociedade busca, na tentativa de justificar algo que é obvio. Nesse caso é óbvio que o garoto tinha problemas e que o desastre é culpa dos problemas do garoto. Mas o que acontece é que a comunidade culpa a Eva a todo momento. Ou foi isso que pareceu, afinal a agressividade das pessoas da comunidade pode ser uma paranoia da personagem que se culpa como ninguém. Afinal o<span style="color: #990000;"> vermelho</span> está ali a todo momento, mostrando a culpa, o sofrimento e a tristeza de Eva. Então fica a dúvida.<br />
<br />
Mas, eu me pergunto, o que fazer se a gente descobrir que um amigo ou parente nosso é um psicopata? Afinal, segundo estimativas, uma a cada trinta pessoas são psicopatas. Lembrando que psicopatas não são, necessariamente, assassinos. <i>"Eles geralmente são médicos, lideres religiosos - daqueles que roubam o dinheiro dos fiéis sabe, políticos, advogados, o amigo que pega dinheiro emprestado e não devolve, aquele que bota a culpa em outros, especialistas em fazer você acreditar na mentira deles, esse tipo de pessoa vive praticamente duas vidas ou mais ao mesmo tempo e não conseguem dar um deslize para que outros saibam que aquilo o que ele diz é mentira. A psicopática geralmente vem agregada ao mentiroso compulsivo." </i>(<a href="http://observacaoalheia.blogspot.com.br/2011/12/psicopatas-um-cada-30.html">Fonte</a>) O que fazer? É bem complicado, mas se a gente desconfiar dessas coisas deve-se fazer um encaminhamento a um psicólogo pra tentar descobrir se realmente trata-se disso, pra depois ter um acompanhamento psicológico desse individuo, ou sei lá, tomar alguma providência.<br />
<br />
<div align="center">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/37Hwj5j6z3Y" width="560"></iframe></div>
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Pra terminar esse imenso post, gostaria de elogiar também os atores. Todos, desde a atriz que fez Eva (Tilda Swinton) até o Kevin em suas diferentes fazes.<u> O filme é um trabalho primoroso de acertos em todos os aspectos e já se tornou um dos meus longas preferidos</u>. Futuramente pretendo ler o livro também, aí quem sabe uma resenha role por aqui.Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-15552263539077539202012-07-28T01:37:00.000-03:002012-07-31T16:15:07.032-03:00A dupla personalidade das pessoas do facebook para mostrar que fazem parte da estética da felicidade<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvl1sa34nOcw5F_O17X-YlAA9b_y3HifvULdzi8oLR38qDZBufztm4KD3TuIjNmTuPb_qmsMgfvBreoNKRHLl7Naxt2KSus-xJgN7tLsseYnwY_hyphenhyphenGlVhOvXQrBkswGpqhTj6Vwuu1aY4/s1600/socespet.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvl1sa34nOcw5F_O17X-YlAA9b_y3HifvULdzi8oLR38qDZBufztm4KD3TuIjNmTuPb_qmsMgfvBreoNKRHLl7Naxt2KSus-xJgN7tLsseYnwY_hyphenhyphenGlVhOvXQrBkswGpqhTj6Vwuu1aY4/s640/socespet.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="background-color: white;">É desconfortante quando alguém morre e um conhecido seu faz uma “homenagem” a ele no <i>facebook</i>. Parece querer mostrar pra todo mundo que era amigo dele, que ele era importante e tal. Acho isso muito vazio, na verdade, extremamente vazio e um tanto quanto falso, a partir do momento em que você quer que o restante das outras pessoas saiba disso. Colocar a foto de<b> LUTO</b> então. Parece querer chamar atenção, exatamente no momento em que vivemos, como diriam os antropólogos, na <b><span style="color: purple;">Sociedade do espetáculo</span></b>.</span><br />
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É totalmente triste as pessoas forçarem o quanto são felizes. Mostrar pra todo mundo seu status de relacionamento e mandar uma mensagem de amor clichê pra todo mundo ver, é claro. Cara, sentimento só cabe às pessoas que lhe interessam. A partir do momento em que você põe uma declaração de amor de forma aberta é pra mostrar pra todo mundo, aparecer novamente. É exatamente como disso o Rafinha Bastos "<i>Se você se preocupasse com o que eu estou pensando, você não precisa falar pra eles(público) você vinha e falava pra mim. Você não tá preocupado em se desculpar e sim ser aceito".</i><br />
<br />
Eu não entendo, seriamente, essa estética de felicidade. Parece que cai em mim o peso de ter que namorar sério, estudar, ter um carro, uma casa e filhos e se prender a um único relacionamento. Querem que todos sejam iguais, que as casas sejam iguais, que as roupas sejam iguais e que os amores sejam iguais.<br />
<br />
Acredito seriamente no amor. Mas não acredito no modelo imposto de amor. A base de um relacionamento deveria ser o sentimento e nunca o impedimento de sair e de conhecer novas pessoas.<br />
<br />
É irritante o álbum de fotos que os perfis fazem, com poses exatamente iguais, de biquinhos irritantes na tentativa de serem lindos, sem perceberem o quão ridículo isso é. Ninguém é feliz a todo tempo, isso é utopia e das grandes. Rede social deveria ser uma plataforma de comunicação e não um segundo rosto, uma segunda vida ou uma mentira.<br />
<div>
<br /></div>Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-53205418552738475752012-05-26T23:05:00.001-03:002012-06-01T21:04:51.943-03:00Marvel vs DC<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Jeo5QmJqyrTbvRIM-s_Rxa3Ua3eqQ0xCJUg7c_v-1b_DpwJmJOAaaiO84vbXZ7jmJDLd0e8tsoyZrbPLjYJGjLOvsaq4SMbXPgsJ03Fd8TD36Uqg1VQDGMCnK2nIC2Io_j4X7dKX0sg/s1600/marvel_vs_dc_universe_by_maxmax007-d2zqf25.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Jeo5QmJqyrTbvRIM-s_Rxa3Ua3eqQ0xCJUg7c_v-1b_DpwJmJOAaaiO84vbXZ7jmJDLd0e8tsoyZrbPLjYJGjLOvsaq4SMbXPgsJ03Fd8TD36Uqg1VQDGMCnK2nIC2Io_j4X7dKX0sg/s640/marvel_vs_dc_universe_by_maxmax007-d2zqf25.jpg" width="640" /></a></div>
Não posso dizer que sou fã de HQ, na verdade li tão poucas que não quero nem listar. Por isso, minha avaliação se dará através das experiencias pessoais com desenhos animados e filmes, principalmente os recentes. Eu sei que é um assunto polêmico e delicado (risos), mas eu sempre quis colocar a minha posição.<br />
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Pra começar é preciso desmistificar a infantilidade e superficialidade diante dos HQ's e dos super-heróis. Como muitos devem saber, as HQ's são consideradas a oitava arte (uma brincadeira com o cinema por ele ser considerada a sétima) e não se limitam a estórias de super-heróis. Na verdade, você pode encontrar todas as categorias de narrativas nesses livros. Além, é claro de fazer parte da cultura pop mundial e influenciá-la, não só ela como também as artes em geral. Sobre os heróis, o que tenho a dizer é, eles não são só caras e moças bonitas que brigam contra o mal, se parar para conhecer melhor sobre o assunto, perceberá a quantidade de metáforas <i>filosóficas, politicas, sentimentais e sociais</i> presentes nas estórias. É uma arte completa!<br />
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Nessa disputa das grandes criadoras de personagens heróicos, não tenho dúvidas sobre quem seria o vencedor: <b><span style="color: purple;">DC Comics</span></b>. Por vários motivos, pra começar: <b>O Batman</b>. Existe super-herói mais foda do que o <b>Batman</b>? Existe filme mais foda que "<b>Batman: O cavalheiro das trevas</b>"? Aquela mistura de fantasia com realidade, com toques filosóficos de existência e do que é certo e errado com cenas de ação fodíssimas, como a do assalto ao banco feito pelo <b>Coringa</b>. Ah, e o <b>Coringa</b>? O que é aquele <b>Coringa</b>?! Um cara louco que não tem pretensão de riqueza e poder (diferente do clichê <u>Loki</u>)* um personagem interpretado pelo magnifico <span style="color: purple;">Heath Ledger</span>, que apenas quer ver o caos, um psicopata! Além de ser um longa que entrou pra história do cinema, tá na lista dos <i>1001 filmes para ver antes de morrer</i> e foi dirigido por um dos grandes diretores hollywoodianos da nova geração, <b>Christopher Nolan</b>. (<i>Outros longas que acho tão bom quanto ele são, o Watchmen, e, um pouco mais inferior a esses dois, V de Vingança, ambos da DC</i>).<br />
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O segundo ponto para eu ter a <b><span style="color: purple;">DC</span></b> como preferida é a animação "<b>Liga da Justiça: Sem limites</b>" exibida pelo SBT no seu programa infantil. Na verdade, esse desenho está bem longe de ser um produto para crianças, devido a sua complexabilidade nas estória e sua metáforas ao nazismo, por exemplo. Comparo a qualidade dele a grandes clássicos da história da animação mundial, não pelo traça e sim pelo roteiro.<br />
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O terceiro e último ponto são os personagens. Apesar de não gostar do <strike>Superman</strike>, ainda prefiro a <b><span style="color: purple;">DC</span></b> neste quesito. Além de conter o melhor personagem da categoria de todos os tempos, <b>Batman</b>, eles possuem o <b>Flash</b>, não consigo explicar porque gosto dele, apenas gosto. Outra coisa que é importante para mostrar a superioridade da <b><span style="color: purple;">DC</span></b> é analisar a construção dos personagens. Não que a editora seja hipercriativa e o<b> Marvel</b> não, a questão é que as estórias dos personagens da concorrente são, às vezes, repetitivos e outras vezes infantis e bobos.<br />
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É importante lembrar que eu gosto da <b>Marvel</b>, adoro o <b>X-men, os Vingadores</b> e tantos outros personagens, só odeio o <strike>Quarteto fantástico</strike>, mesmo!<br />
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*<i>Sobre a espetada aos Vingadores: É um filme legal e tem boas cenas de ação e efeitos especiais indiscutíveis, mas o clichê da história me incomodou bastante. Um vilão que quer conquistar o mundo, pra mim, só reforça a infantilização da Marvel. E outra coisa, aqueles piadas a todo momento, forçaram um pouco. Não é toa, se você parar para perceber, que a cada piadinha, os personagens ficavam uns 3 segundos calados pra que o público do cinema pudesse rir. Mas, eu seria injusto se falasse que a cena do Deus fraco com o Hulk e o Loki é ruim, foi muito boa.</i><br />
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Não poderia deixar de divulgar a aposta a melhor filme comercial do ano:<b> Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge ou The Dark Knight Rises</b>. Só o trailer mostrar o naipe do negócio!<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/g8evyE9TuYk" width="560"></iframe></div>Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-90432174671616814232012-05-21T11:44:00.001-03:002012-08-16T18:57:27.751-03:00Os 3 (2011)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbrefXw9D1iXJzkHnD7Bi3N1eFpu9vYipLi1Br7PxppcagIXHcZ6TzCbegKpLrLG1eLErXrLAGUCK9O9HtNGkAfibEULYj_qTeK2kGlMLAYI93nhq57_8IFuv_N75EyD22PFhWAcIDka4/s1600/os3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbrefXw9D1iXJzkHnD7Bi3N1eFpu9vYipLi1Br7PxppcagIXHcZ6TzCbegKpLrLG1eLErXrLAGUCK9O9HtNGkAfibEULYj_qTeK2kGlMLAYI93nhq57_8IFuv_N75EyD22PFhWAcIDka4/s640/os3.jpg" width="640" /></a></div>
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Existe uma linha muito curta entre realidade e ficção. E é aí, onde grandes discussões em volta de documentários se desenrolam. Talvez pelo fato de, muitas vezes, nem nós mesmos sabermos se estamos sendo totalmente verdadeiros ou não, se em frente a uma câmera ou em frente a outras pessoas a gente se comporta da mesma forma e, até mesmo, partindo para uma questão mais rebelde-filosófica de pensamento, se tudo que a gente vive é real ou faz parte apenas de uma matrix.<br />
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É esta questão que o filme "<b><span style="color: purple;">Os 3</span></b>" de <i>Nando Olival</i>, tenta discutir. Trata-se de um longa de 2011, em que três estudantes do interior, resolvem morar juntos em uma espécie de balcão abandonado em São Paulo. A partir de um trabalho de faculdade, um reality show onde todos os produtos que eles usavam no confinamento seriam vendidos, os três se sujeitam a vivenciar o seu próprio projeto. Durante a experiência, os personagens passam a criar histórias e com tempo passam a confundir ficção com realidade.<br />
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O filme contém poucos cenários, e o balcão/apartamento é predominante durante os quase 80 minutos de duração. Na primeira parte do longa, existem poucos móveis no espaço, uma mistura de moderno com o antigo e a bagunça. Na segunda parte do filme, os produtos que precisam ser vendidos são acrescentados ao lugar. Com objetos espalhados por todo canto, a composição, faz lembrar muito república de estudantes, com certeza houve uma pesquisa nestes lugares na pré-produção.<br />
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As roupas dos personagens trazem certa identificação com o público jovem. As vestes que usam em festas ou em casa faz a gente lembrar nossos amigos ou a nós mesmos, neste universo de faculdade, casa e balada.<br />
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Por fim, é um filme interessante, que aborda a questão da liberdade, da realidade e da veracidade dos reality-shows. Com uma direção de arte simples, inteligente e certeira. Apesar de haver um distanciamento do cotidiano do jovem, que encacharia perfeitamente neste longa, mas mesmo assim, uma malhação da vida não chega aos pés desse filme.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtIJBV23WlGslhUQ4z6Vg04FBZFj1SmOayKjXPtm7bXP-t9DwEQXUbRTTCOobYHSd5OluOSAkgTtDHP8mi11CxXVMAzPZWpuDWma5_dsMrFWU7_PDlgrTgm4Pupq9OVc7-CZ_AiMJGGy4/s1600/os3%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtIJBV23WlGslhUQ4z6Vg04FBZFj1SmOayKjXPtm7bXP-t9DwEQXUbRTTCOobYHSd5OluOSAkgTtDHP8mi11CxXVMAzPZWpuDWma5_dsMrFWU7_PDlgrTgm4Pupq9OVc7-CZ_AiMJGGy4/s640/os3%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div>
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Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-23504488915497543122012-05-20T15:35:00.001-03:002012-05-20T15:48:31.548-03:00Diferentes formas de ouvir<b><span style="color: purple;">"Diferentes formas de ouvir"</span></b> vai ser uma série de postagens que pretendo manter por muito tempo. Nelas as coisas vão funcionar da seguinte forma: Indicação de bons discos de diferentes ritmos musicais. Claro que a prioridade serão os músicos nacionais, já que tenho uma certa paixão pela nossa cultura. A formatação se dará de uma pequena crítica seguida de informações do disco, incluindo a arte da capa, e recomendações das melhores musicas.<br />
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<b>Tono - Tono (2010)</b><br />
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Tono é um daqueles grupos inventivos, que trazem uma música experimental e muito difícil de se encaixar em algum rótulo musical. Por muitas vezes me lembram os Mutantes e os Novos Baianos, com influências claras sobre essas duas bandas. Numa onda tropical, brega, eletrônico, axé, marchinha de carnaval, pop, alternativo e brasileiro, o segundo cd da banda traz uma sequência de músicas diferenciadas, como o <span style="color: purple;">Samba do Blackberry</span>, uma espécie de samba eletrônico e com um refrão grudento comum nesses tipos de música e <span style="color: purple;">Aquele Cara</span> é uma música indescritível. Viva a mistureba!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGMGp1jErUsI3Aymh2XkpwHqmZj3laJnGCC3MSPFE1HC4f6Tl2Xpf0viUR_qry2ekpa85S1Qb-n63AcIxM4eW565-FnV80CuLgWxMY25U-zFsRPVBPpL0ZCtDa1Qhm7nqojk2bBGIqg4/s1600/tono2010-e1295629074926.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGMGp1jErUsI3Aymh2XkpwHqmZj3laJnGCC3MSPFE1HC4f6Tl2Xpf0viUR_qry2ekpa85S1Qb-n63AcIxM4eW565-FnV80CuLgWxMY25U-zFsRPVBPpL0ZCtDa1Qhm7nqojk2bBGIqg4/s320/tono2010-e1295629074926.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">1. Não Consigo</span><br style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">2. Me Sara</span><br style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">3. Sem Falsas Esperanças</span></b><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">4. Corte no Pé</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">5. So In</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><b>6. Aquele Cara</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">7. Ele Me Le</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">8. Mariposa</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">9. Da Terra Pro Sol</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">10. Distante Demais</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"><b>11. Samba do Blackberry</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">12. Nega Música</span><br />
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* Em <b>negrito</b>, as músicas recomendadas<br />
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Cd disponibilizado pela própria banda no site oficial<br />
<a href="http://www.tono.mus.br/downloads.aspx">http://www.tono.mus.br/downloads.aspx</a>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/0u451pdUJfo" width="560"></iframe></div>
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<b>Vanguart - Boa parte de mim vai embora (2011)</b></div>
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<b>Vanguart</b> sempre foi uma das minhas bandas favoritas. Desde o sucesso de semáforo, viciei neste som folk, indie, rock da banda cuiabana. Se o primeiro cd era sensacional, o segundo, <i>Boa parte de mim vai embora, </i>arrebenta! Eles não mudaram muito desde o primeiro disco, mas o segundo trouxe uma maturidade interessante ao som consolidado. Eles se reinventaram, mas manteram a essência, sabe?<br />
Todas as faixas são em português, diferente do primeiro em que a maioria era em inglês, uma em espanhol e poucas no nosso idioma. O que é interessante, afinal aproxima a banda do público brasileiro. Neste trabalho, o grupo torna-se mais comercial, isso não significa uma queda de qualidade, pelo contrário. Por fim, é recomendado ouvir todo albúm, mas claro que existem as melhores. Viva a boêmia!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBHrtf7jvvoBkrfbPmDgLpDMyoEplSKOu_zYUkuWgzvVocgmQd1MO6djX7UxPlI6lICINzzgNMr5zZ3xiXOcKWAdAJEzXH_JnUW9pXrHXMrDbHDdPReP-NrF3DbqjjG3i30FY2xrL1lyg/s1600/Vanguart2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBHrtf7jvvoBkrfbPmDgLpDMyoEplSKOu_zYUkuWgzvVocgmQd1MO6djX7UxPlI6lICINzzgNMr5zZ3xiXOcKWAdAJEzXH_JnUW9pXrHXMrDbHDdPReP-NrF3DbqjjG3i30FY2xrL1lyg/s1600/Vanguart2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBHrtf7jvvoBkrfbPmDgLpDMyoEplSKOu_zYUkuWgzvVocgmQd1MO6djX7UxPlI6lICINzzgNMr5zZ3xiXOcKWAdAJEzXH_JnUW9pXrHXMrDbHDdPReP-NrF3DbqjjG3i30FY2xrL1lyg/s320/Vanguart2.jpg" width="320" /></a></div>
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<span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 18px;">1. Mi Vida Eres Tu</span><br style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 18px;">2. Se tiver que ser na bala, vai</span><br style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">3. Desmentindo a despedida</span></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;"><b>4. Nessa cidade</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;">5. Engole (Arde Mais que Brasa em Pele Quente)</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;">6. A patinha da garça</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;"><b>7. Eu vou lá</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;"><b>8. Onde você parou</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;"><b>9. ... Das Lágrimas</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;">10. Amigo</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;"><b>11. Morrerão</b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;">12. O que a Gente podia fazer</span></div>
<div style="text-align: right;">
<b><span style="background-color: white; font-family: Ubuntu, 'Myriad Pro', 'Century Gothic', verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;">13. Depressa</span><span style="text-align: -webkit-auto;"> </span></b>
</div>
<div style="text-align: right;">
<b><span style="text-align: -webkit-auto;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: -webkit-auto;">* Em </span><b style="text-align: -webkit-auto;">negrito</b><span style="text-align: -webkit-auto;">, as músicas recomendadas</span>
</div>
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: -webkit-auto;"><br /></span></div>
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<span style="text-align: -webkit-auto;"><br /></span></div>
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<span style="text-align: -webkit-auto;"><br /></span></div>
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<div align="center">
<span style="text-align: -webkit-auto;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/oSU8UYodkmQ" width="560"></iframe></span></div>
</div>
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<br /></div>Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3829833807781625201.post-2733593073403657262012-04-15T02:28:00.000-03:002012-04-15T02:28:21.658-03:00Sobre a abominável falta de fé<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDcYd1rxZk8p48vIfPSr-9Yc9kAnHLPmikRiD_qPHdjpn45gLy2W26iQ1qNcSjOfXhOVNgIc-jMAB8EHYZwKPhj6vpgOCoj9A4LB-btoV_8G3xz9gN93iyxkJva-aq40gk65Q05xRbVK4/s1600/John+Lennon+Peace.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDcYd1rxZk8p48vIfPSr-9Yc9kAnHLPmikRiD_qPHdjpn45gLy2W26iQ1qNcSjOfXhOVNgIc-jMAB8EHYZwKPhj6vpgOCoj9A4LB-btoV_8G3xz9gN93iyxkJva-aq40gk65Q05xRbVK4/s640/John+Lennon+Peace.jpg" width="640" /></a></div>
Tenho lido muito esses tempos e também vi algumas coisas. Um mundo, nunca antes visto. Orações não são mais importantes, não existe nem um céu e pior, um inferno. Nada em cima, nada abaixo. Apenas, eu. Aqui. Agora. Na busca da utópica felicidade. Na busca de um mundo de amor. Não preciso de um Deus pra gostar das pessoas. Não preciso de um Deus pra ser uma pessoa boa. Não tenho medo de inferno, não quero uma recompensa depois da morte. Quero o que eu mereço. Um descanso. Um fim! Toda as histórias do mundo tem um fim. E por que a minha seria diferente?<br />
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Meu medo egoísta e meu medo fraternal foram embora. Como uma coisa que eu amo tanto pode ser condenado a um lugar de fogo e violência? Não existe amor em algo que você não conhece, não existe amor em algo que você nunca viu. Mas existe um amor. Aquele que eu sinto pelos que me deram a vida ou os que me dão vida. Eu sou apenas um aprendiz do imagine. Não sou pecador, sou humano, que erra, tenta consertar e se fode. <br />
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De agora em diante, vou deixar de falar sozinho, vou fazer alguma coisa, ou ter a certeza de que não fiz nada. E se me perguntarem se tenho medo da morte: Vou dizer que não a quero, mas não a temo. Sou de carne, osso, outras coisas nojentas e pensamento, sentimentos, músicas, filmes, livros, pessoas, caras e situações.<br />
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Os julgamentos são os piores. Que eu sou uma pessoa ruim, que eu não conheço, que eu nunca li. Haa... queridos... Eu já li tanto!Raul Marxhttp://www.blogger.com/profile/00418144615887285825noreply@blogger.com1